Pesquisa identifica fóssil de espécie extinta de pinguins na Nova Zelândia
O estudo responsável pela descoberta, realizada por pesquisadores da Universidade de Cambridge, evidenciou que essa é a menor e mais antiga espécie de pinguim encontrada até hoje.
Uma nova espécie de pinguim foi descoberta na Nova Zelândia. Os fósseis encontrados indicam que eles são os menores pinguins que já existiram, tendo vivido na região há três milhões de anos. Entre as espécies extintas, eles também são os pinguins mais antigos já descobertos.
A pesquisa histórica realizada pela Universidade de Cambridge foi publicada no Journal of Paleontology em junho de 2023.
Os pinguins extintos foram apelidados de ‘Pinguim-de-Wilson’ e têm o nome científico de Eudyptula wilsonae. O nome da espécie é uma homenagem a Kerry-Jayne Wilson, uma renomada e importante ornitóloga neozelandesa.
Os crânios de um pinguim adulto e de um pinguim jovem foram localizados na Ilha Norte da Nova Zelândia. Apesar de os esqueletos completos dos animais não terem sido encontrados, os pesquisadores acreditam que a espécie era muito pequena.
A descoberta da menor espécie de pinguim
De acordo com os pesquisadores, a espécie ‘Pinguim-de-Wilson’ está extinta. No entanto, as informações obtidas a partir das amostras dos dois crânios fossilizados sugerem que esses pinguins eram menores do que os pinguins atuais.
Como supracitado, o parente mais próximo dos menores pinguins é o Eudyptula minor , popularmente conhecido como Pinguim-Azul. As espécies atuais de pinguins têm cerca de 30 centímetros e pesam 1,2 kg, em média.
Eles vivem na Nova Zelândia, no sul da Austrália, na Tasmânia e no arquipélago das Ilhas Chatham. Os primeiros registros dessa espécie são de 1781.
A linhagem da menor espécie de pinguim conseguiu manter importantes características de sobrevivência, como a resistência às variações de temperatura extrema das regiões.
A análise dos pesquisadores apontou muitas semelhanças entre as espécies, como a tolerância térmica, reforçando como muitas características permaneceram mesmo após milhões de anos de migrações para outras regiões.
No entanto, uma diferença apontada é que os crânios dos pinguins ancestrais eram um pouco mais estreitos do que os crânios dos pinguins de hoje.
Dessa forma, a descoberta dos pesquisadores é um importante registro para analisar a evolução dos pinguins ao longo dos anos.
Os dados também ressaltam a importância da preservação das espécies de pinguins que ainda habitam inúmeras regiões do mundo, mesmo diante das mudanças climáticas preocupantes que podem levar outros animais à extinção.
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