Equipe com síndrome de Down gerencia cafeteria em São Paulo; Conheça!

Jéssica se tornou a primeira empreendedora com síndrome de Down a se formalizar no Brasil.

Jéssica Pereira da Silva, de 31 anos, tinha o sonho de ter um restaurante. A ideia se consolidou com a abertura do Bellatucci Café, localizado em Pinheiros, na capital paulista.

Dia Mundial da Síndrome de Down

Nesta última terça-feira (21), foi celebrado o Dia Mundial da Síndrome de Down. A data foi escolhida por ser o terceiro mês do ano, representando a trissomia do cromossomo 21, que é a principal causa do Síndrome de Down.

O Síndrome de Down é uma condição genética que ocorre quando há uma cópia extra do cromossomo 21, causada em características físicas distintas e deficiências intelectuais variáveis. A síndrome afeta cerca de 1 em cada 800 nascimentos em todo o mundo e é a forma mais comum de deficiência intelectual de origem genética.

“Meu sonho era abrir um restaurante, mas minha irmã e minha mãe disseram que restaurante era muito difícil e resolvemos abrir um café. O café mudou minha vida. Ficava muito em casa, assistia à muita televisão. Agora chego em casa 7h da noite, trabalho de segunda a sábado”, disse Jéssica.

Foto: @BellatucciCafe

Segundo ela, o gosto por cozinhar veio ao observar a própria mãe e se tornou profissão com o curso de Técnico em Gastronomia no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). Já formada, Jéssica teve a certeza de que queria ter um empreendimento na área de alimentação.

“Gostava de ver a minha mãe mexendo com as panelas, as facas e comecei a ajudar a arrumar a mesa, fazer suco, sobremesa, salada e aí apaixonei”, disse. Na cafeteria, Jéssica serve doces, tortas e cafés. “Faço bolo de pote, brigadeiro, pão de mel, crepe. Cozinhamos todos os dias, vendemos tudo fresco e trabalhamos juntos, minha família toda me ajuda com o café”, disse ela.

São Paulo (SP), 20/03/2023 – O atendente Philippe Tavares, que tem síndrome de Down, trabalha na Bellatucci Café, uma cafeteria inclusiva. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No local, também trabalham outras pessoas com síndrome de Down, inclusive Philippe Tavares, de 31 anos, o barista. “Ele era meu amigo e é barista aqui. E, agora, meu namorado”, revelou Jéssica. O jovem fez curso de barista e também de garçom. “Eu amo estar aqui. Sou barista e faço cafés, cappuccino, café mocha. Sou um barista show. Conheci a Jéssica na Apae, aos 6 anos. Agora, ela é minha namorada”, contou o Philippe.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.