Placas Tectônicas
As placas tectônicas são as partes da litosfera terrestre compostas por rochas e que se encontram divididas entre si.
A crosta terrestre – camada mais externa da estrutura interna da Terra – não se encontra em uma forma continua, ou seja, sem interrupções. Na verdade, ela apresenta-se de maneira fraturada ou “quebrada” em várias partes, sendo essas partes as chamadas placas tectônicas. As placas tectônicas são, portanto, as partes da litosfera terrestre compostas por rochas e que se encontram divididas entre si.
No mapa abaixo, podemos observar um mapa esquemático com as placas tectônicas sobre as quais a crosta terrestre se divide:
A compreensão acerca das placas tectônicas é de fundamental relevância para entendermos aquilo que chamamos por agentes endógenos de formação do relevo, responsáveis pelas atividades vulcânicas, pelos terremotos, pela formação de falhas geológicas e também pelo soerguimento cadeias montanhosas. Todas essas manifestações naturais e composições morfológicas estão relacionadas ao tectonismo, ou seja, ao movimento que é realizado pelas placas tectônicas e seus efeitos.
MAS PORQUE AS PLACAS TECTÔNICAS SE MOVIMENTAM?
As placas tectônicas se movimentam em função da maneira com que a dinâmica interna do nosso planeta se edifica. As forças internas geradas pela movimentação do magma pressionam a crosta terrestre e provocam o movimento das placas, observe:
A forma com que essa magma se movimenta se chama células de convecção, que agem como uma espécie de “esteira” que empurra as placas tectônicas para um determinado sentido horizontal. Essa movimentação ocorre por causa das diferenças de temperaturas no interior do planeta, pois o magma que encontra-se posicionado mais acima é mais “frio” e, por isso, desce em direção às áreas mais baixas, onde ele se aquece, fica menos denso e sobe. Assim, o processo se manifesta de maneira cíclica.
As células de convecção, portanto, determinam não tão somente a movimentação das placas tectônicas, mas também a velocidade e a direção com que esse movimento acontece. Isso explica, por exemplo, porque nem todas as placas litosféricas se movimentam para uma mesma direção.
OS TIPOS DE TECTONISMO
Existem, em termos de classificação, três tipos de movimentos das placas tectônicas, definidos conforme o deslocamento relativo entre as placas, isto é, considerando a orientação de uma em relação a outra. Nesse sentido, existem os movimentos convergentes, divergentes e subsidentes.
Movimento convergente: nesse tipo de movimento, as placas convergem entre si, ou seja, se deslocam uma contra a outra, ocasionando o choque entre elas e um elevado grau de instabilidade na região de formação. Como veremos a seguir, algumas das mais vultosas formações naturais se estabelecem nesse tipo de ocorrência.
Movimento divergente: esse movimento, por sua vez, consiste na divergência entre duas placas, de modo que elas continuamente se afastam. Mas, ao contrário do que se possa imaginar, não se abre um espaço muito grande entre elas, uma vez que o magma que ascende à superfície se converte em rochas, em um processo de renovação da composição da litosfera terrestre.
Movimento transformante: por último, nesse movimento há uma dinâmica em que as placas se deslocam unilateralmente. Mesmo assim, ainda ocorre um certo atrito e, portanto, uma área de instabilidade entre elas, tal qual acontece no movimento convergentes. Nesse tipo de região costumam surgir grandes falhas geológicas.
OS EFEITOS DO TECTONISMO NAS SUPERFÍCIE TERRESTRE
Os efeitos da movimentação das placas tectônicas podem ser sentidos nas mais diversas formas na superfície terrestre. Em geral, ocorrem desde as transformações perceptíveis apenas quando analisadas em uma escala de tempo geológico até transformações abruptas proporcionadas pela natureza.
Formação das cadeias montanhas e fossas oceânicas: em um processo que dura algumas centenas de milhares de anos, as cadeias montanhosas formam-se nas áreas de movimentos convergentes, conforme podemos visualizar no esquema abaixo. A placa tectônica mais rígida e pesada desce em direção ao interior do planeta, tendo suas rochas derretidas pelo magma, ao passo que a camada mais leve permanece na porção superior. Nessa área de encontro, formam-se alguns enrugamentos pela energia acumulada, dando origem ao conjunto de montanhas e algumas fissuras, que dão origem às fossas oceânicas, os pontos mais profundos dos oceanos.
Por Rodolfo F. Alves Pena
Mestre em Geografia
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