Por que a gelatina é um ingrediente comum nas refeições dos hospitais?

O alimento é um verdadeiro clássico nas refeições hospitalares, mas os reais motivos da sua inclusão foram desvendados agora.

Quem já teve que ficar internado ou serviu de acompanhante para uma pessoa hospitalizada alguma vez na vida já sabe: na hora da refeição, é certo que virá uma gelatina entre os itens servidos.

Esse alimento é frequente na alimentação de indivíduos hospitalizados por conter algumas propriedades importantes no que diz respeito à restauração da saúde. Mas, o que exatamente torna a gelatina tão indispensável para as refeições servidas em hospitais?

Com o intuito de responder essa questão emblemática, o portal de notícias Canaltech entrevistou a nutricionista Layla Louise Mendes Barros dos Santos, que atua na Beneficência Portuguesa de São Paulo. Os próximos tópicos são basicamente respostas de perguntas feitas à especialista. Confira!

Afinal, por que a gelatina sempre está presente nas refeições servidas nos hospitais?

Quando questionada sobre os motivos pelos quais a gelatina é popular nas cozinhas de hospitais, Layla Louise Mendes Barros dos Santos explicou que isso se deve à alta quantidade de água que compõe o alimento, bem como aos nutrientes e facilidade de digestão que ele apresenta.

Além disso, Layla explica que as gelatinas são, em geral, “pobres” em açúcar e gordura, o que as torna ideais para pacientes debilitados e que tenham alguma comorbidade, como diabetes ou hipertensão, por exemplo.

“Por esses motivos, é comum a oferta de gelatina em hospitais, sendo água, chás e gelatina os primeiros alimentos oferecidos a pacientes em pós-operatório ou que necessitem de atenção ao trato gastrointestinal”, complementa a nutricionista.

A gelatina oferecida nos hospitais é a mesma que pode ser adquirida nos supermercados?

Layla Louise explica que sim, a gelatina oferecida nos hospitais é a mesma que pode ser comprada no mercado. Contudo, na hora de adquirir o produto para consumo dos pacientes, alguns detalhes nutricionais são observados.

“Os nutrientes fornecidos pela gelatina podem alterar em cada marca disponível no mercado, pois alguns fornecedores adicionam vitaminas em suas fórmulas para melhorar o valor nutricional da preparação”, diz a especialista.

A “gelatina de hospital” pode ser consumida por qualquer pessoa?

Por fim, Layla Louise Mendes Barros dos Santos também foi questionada sobre se todos os tipos de pacientes podem consumir gelatina no hospital.

A nutricionista explica que, em geral, sim, mas antes de autorizar a inclusão do alimento no cardápio do paciente, o responsável, no caso o médico que está acompanhando o prontuário, deve ser atentar às seguintes disposições:

  • Para pacientes com alergia a corantes e saborizantes, devem ser servidas gelatinas livres desses produtos;
  • Se a pessoa tem diabetes, a gelatina servida deve ser do tipo diet;
  • No caso de pacientes com disfagia, que é uma dificuldade em deglutir alimentos e líquidos, a adição da gelatina no cardápio só deve ser feita sob a orientação de um fonoaudiólogo;
  • Se o paciente se declara vegano ou vegetariano, a gelatina servida deve seguir esse padrão alimentar.

Observados esses detalhes, o consumo de gelatina pode ser feito sem maiores problemas.

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