Entenda porque os bebês já nascem com um ano na Coreia do Sul

Bem diferente da maioria dos países do globo, a Coreia do Sul não começa a contabilizar a idade de uma criança a partir do zero assim que ela nasce. Na verdade, logo que ela sai da barriga da mãe, já é considerada com um ano de vida. Isso porque os aniversários são contados a cada primeiro de janeiro. Entenda o porquê.

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De onde surgiu esse sistema?

Basicamente, o hábito de contabilizar a idade dessa maneira é bem antigo no continente asiático. Porém, apesar de ter começado como uma forte tradição na China e ter se espalhado para outras nações, a Coreia do Sul é a única cultura que o mantém. Inclusive, o país também possui outros sistemas diferentes para contar a idade.

O primeiro é esse, mais popular, o qual o bebê nasce com um ano de idade e fica um ano mais velho no dia do ano novo, independente da data em que tenha nascido. O segundo é o sistema reconhecido oficialmente pelo Estado, em que os bebês nascem com 0 anos, mas também ganham um ano a cada réveillon. Por último, há o sistema internacional, que conta a idade a partir da data de nascimento da pessoa.

Coreanos podem ter até 3 idades

No final, com tantos sistemas, os sul coreanos podem ter até três idades diferentes. Uma pessoa nascida em 20 de dezembro de 2000, por exemplo, teria 21 na idade internacional, 22 na idade oficial do país e 23 na idade popular entre a sociedade. Logo, alguns problemas vêm aparecendo para o governo.

Inevitavelmente, esse sistema traz muita confusão entre a população, o que ironicamente fica maior com o choque entre gerações. Isso porque alguns desentendimentos em relação à idade estão causando alguns danos sociais e econômicos, especialmente se tratando de disputas para receber serviços sociais, aposentadoria etc.

Ademais, durante a pandemia de COVID-19, as consequências de tantos métodos para medir a idade apareceram. Quando o governo tentou intercalar entre a idade internacional e a idade oficial para definir a elegibilidade da vacina, houve um verdadeiro caos logístico. Por conta disso, já existem projetos de lei para abolir esse método.