Por que ficamos mais ansiosos quando tentamos relaxar?
Veja o que a ciência fala sobre esse problema.
Exercícios e treinamentos para relaxar são procurados por quase todo mundo. Inclusive, são objetos de estudos de diferentes culturas ao redor do globo, seja através de práticas mais espirituais, como a meditação no budismo, ou até mesmo por cientistas que pesquisam sobre o efeito disso ao nosso cérebro. Entretanto, também é comum que algumas pessoas fiquem ainda mais ansiosas. Entenda porque ficamos ansiosos quando tentamos relaxar.
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Basicamente, quando o nosso corpo relaxa, ele diminui o estímulo do campo de “luta ou fuga” do nosso sistema nervoso. Afinal, apesar de muita gente não ter conhecimento, ele possui um acelerador e freio, semelhante ao que encontramos em veículos. Nesse caso, quando aliviamos a tensão ou o “acelerador” e apertamos o freio, as pessoas podem reduzir seus níveis de excitação e entrar em um estado de relaxamento. Porém, algumas vezes podem acabar ficando mais ansiosas.
Por que as pessoas ficam mais ansiosas?
No caso de pessoas que sentem algum desconforto psicológico ao tentar relaxar, especialistas indicam que isso pode ser resultado de algo conhecido como “ansiedade paradoxal”. Apesar de não existir um consenso da ciência sobre essa condição, algumas explicações apontam que isso pode ser resultado de algum receio das pessoas em “perder o controle” enquanto buscam o relaxamento.
Ademais, partindo para o ponto de vista fisiológico, alguns indivíduos possuem algo conhecido como “síndrome de hiperventilação”. Nesses casos, as pessoas respiram rápido demais ou de maneira muito rasa, o que pode contribuir para um estado de ansiedade em momentos mais “calmos”. Inclusive, especialistas apontam que é relativamente normal ficar tensos quando relaxamos, pois essa pode ser uma questão evolutiva.
Segundo eles, os seres humanos são criaturas diurnas que evoluíram para dormir enquanto está escuro, mas permanecer acordados e alertas durante o dia. Logo, durante a vigília, nos adaptamos a focar no ambiente externo e prestar atenção em todos os tipos de ameaças e perigos. Ao transformar este foco em quietude, algumas experiências internas podem ser muito alarmantes para algumas pessoas, fazendo com que se sintam mais vulneráveis.
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