Por que o preço do azeite subiu? Entenda e compare com os preços de 2023
Neste ano, o valor do azeite está mais caro, o que fez com que o consumo diminuísse no Brasil.
Nos últimos anos, os consumidores têm testemunhado um aumento significativo nos preços do azeite nas prateleiras do mercado.
Entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, os valores médios das garrafas de azeite extra virgem e virgem sofreram incrementos expressivos, gerando preocupações e questionamentos sobre os motivos por trás dessa escalada de preços.
De acordo com os dados da consultoria ‘Horus Inteligência de Mercado’, especializada em análises do setor, os preços médios das embalagens de 250 ml e 500 ml aumentaram significativamente nesse período, registrando valores que superam a inflação.
Existem motivos que cooperaram para o aumento no valor do azeite, que influencia diretamente no orçamento mensal dos brasileiros.
O aumento do preço do azeite
O aumento significativo nos preços do azeite no Brasil em 2023 pode ser atribuído a uma conjunção de fatores, sendo a quebra histórica na safra de azeitonas na Europa em 2022/23 um dos principais acontecimentos.
A seca severa desencadeada pelas previsões meteorológicas do El Niño resultou em uma redução drástica na produção mundial de azeite, que caiu de 3,3 milhões para 2,7 milhões de toneladas, de acordo com dados do Conselho Internacional do Azeite (IOC).
Essa diminuição na oferta global impactou diretamente nas exportações para países como o Brasil, um dos maiores importadores do produto.
Com a redução da disponibilidade de azeite no mercado internacional e dos preços em alta, o Brasil viu-se obrigado a diminuir suas compras, passando de 100 mil toneladas em 2022 para 80 mil toneladas em 2023.
O declínio na importação reflete diretamente nos hábitos de consumo dos brasileiros, que se viram diante de preços mais elevados e, consequentemente, obtiveram menos azeite.
Os dados sobre a taxa de incidência do azeite nas notas fiscais corroboram essa tendência de queda no consumo. Em fevereiro de 2023, a taxa era de 4,3%, diminuindo para aproximadamente 4,3 a cada 100 notas fiscais incluídas na categoria azeite.
Para fins de comparação, em fevereiro deste ano, essa taxa caiu para 2,4%, demonstrando uma redução significativa na presença do produto nas compras dos consumidores brasileiros.
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