Entenda por que, quando os besouros se propõem a cuidar de seus filhotes, há possibilidade de mutações genéticas e evoluções mais rápidas

Se você gosta de saber sobre os estudos científicos, atente-se aos experimentos feitos relacionados às mutações genéticas em besouros.

O mundo animal de fato é surpreendente. Recentemente, foi publicado um estudo confirmando que os besouros que cuidam da sua prole resultam no acúmulo de mais mutações genéticas. Os pesquisadores dizem que essa variação possibilitará que as populações se adaptem e evoluam mais rapidamente frente a várias circunstâncias. Saiba mais sobre esse estudo abaixo.

Por que o cuidado parental interfere nas mutações genéticas?

Primeiro, temos que entender que as mutações sempre ocorrem nas células e que os animais sempre passam por novas mutações as quais seus pais não tiveram. Aqueles que herdam as prejudiciais provavelmente têm maiores chances de morrer sem se produzir.

O número médio de mutações sempre vai depender da força nos processos evolutivos e, consequentemente, irá mudar quando essa força também mudar.

Em teoria, a sobrevivência de uma prole deveria ser prolongada à medida que o acúmulo de mutações fosse ocorrendo, mas, como isso ainda não foi comprovado, os pesquisadores realizaram um experimento enterrando besouros.

Eles eram colocados em regiões onde havia cadáveres de ratos e pássaros. Um macho e uma fêmea limpam todo o cadáver e, então, o cobrem com fluidos antimicrobianos para formar o ninho de carniça. Os pais ficam por perto para cuidar de seus filhotes e alimentam as larvas com carniça regurgitada.

Experimento em laboratório

Os pesquisadores formaram dois grupos de besouros. No primeiro os pais foram removidos após a postura dos ovos e no segundo eles permaneceram.

Na primeira situação, observou-se que as populações evoluíram de maneira mais rápida, principalmente para conseguir sobreviver e se adaptar à ausência parental. Mas, para eles, nem sempre as mutações são benéficas. Quando eles cruzaram os besouros que tiveram os cuidados dos pais, a população rapidamente se extinguiu.

Para Katrina McGuigan, da Universidade de Queensland, os tratamentos e os cuidados dos pais não afetam de maneira diferente para uma variação genética. No entanto, os pesquisadores que se propuseram a fazer o experimento disseram que consideraram as questões abordadas por McGuigan.

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