É o fim da pamonha? Milho corre risco de extinção, afirma jornalista
Após muitas viagens pelo mundo, jornalista da BBC elenca alguns motivos que geram a redução da diversidade alimentar.
Existe uma possibilidade de extinção do milho. O jornalista Dan Saladino documentou a sua experiência em diferentes países no livro “Eating to Extinction” – “comendo até a extinção” em tradução livre para o português. Entre os alimentos listados por ele, está o milho das montanhas de Oaxaca, no México.
Variedade de sementes é necessária para evitar extinção do milho – e de outros alimentos
Após inúmeras viagens ao redor do mundo, Dan Saladino documentou toda a sua trajetória, que teve início em 2007. Ele trabalha para a BBC e faz reportagens sobre alimentos. Desde a sua contratação, ele viaja para países e culturas diferentes a fim de identificar ingredientes únicos pelo mundo.
Em meio a essas aventuras, o jornalista elencou alguns alimentos passíveis de sofrer extinção junto com as comunidades que os cultivam. Dentre eles, o milho.
No livro, Saladino explica que existe uma íntima relação entre a humanidade e a prática de cultivo dos alimentos. Com o passar dos anos, essa técnica sofreu modificações e aprimoramento no que se refere aos sistemas de produção, como irrigação, uso de produtos químicos e de fertilizantes.
Porém, com o tempo, os sistemas homogêneos mostraram-se associados com o aumento do efeito estufa por maior emissão de gases poluentes.
Diversidade alimentar
Sobre isso o profissional comentou:
“Acho que precisamos ser mais humildes e reconhecer que a ciência e a tecnologia funcionam em um nível, mas também criaram muitos problemas. E um primeiro argumento para salvar a diversidade é que talvez, no futuro, muitas soluções podem ser encontradas na diversidade genética de alimentos cultivados há milhares de anos.”
O pesquisador concluiu que a diversidade alimentar vem reduzindo com o passar dos anos, principalmente pelas semelhanças genéticas entre as sementes. Um dos exemplos mencionados por ele é o milho produzido em Oaxaca, no México. Para ele, o cultivo desse grão sem condições ideais ou uso de fertilizantes é o que reforça a importância da diversidade cultural para a segurança alimentar.
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