Prepare o bolso: arroz, feijão, soja e outros produtos ficarão mais caros
Os preços dos produtos estão extremamente caros e isso vai refletir no bolso no trabalhador.
Em 10 anos de história e trabalho, essa é a primeira vez que o produtor rural Fabrício Maestrello fará uma redução significativa na sua plantação de soja na safra que será semeada no mês de setembro. De fato, dos atuais 1,2 mil alqueires (cerca de 2,9 mil hectares) que geralmente são cultivados pelo agricultor na região de Paranacity, localizado a noroeste do Paraná, o produtor resolveu plantar somente a metade, e não todas as suas terras, como fazia anteriormente.
Nesse sentido, o grande motivo para o produtor fazer essa redução, encontra-se no fato de que existe uma alta do preço desses insumos. “O aumento foi muito superior à valorização do grão, é um negócio que você já entra devendo”, disse o agricultor em uma entrevista. Dessa forma, ainda em concordância com Fabrício, as maiores altas que impactaram diretamente no bolso do produtor foram as dos fertilizantes, do defensivo e a do combustível.
Dessa maneira, ao longo deste ano, o produtor estima que já gastou cerca de 6,2 mil reais pelas toneladas de adubo, um valor que está 120% mais alto do que o valor que foi desembolsado na safra passada. Além disso, ao que se refere ao litro do herbicida, o produtor rural acabou pagando 90 reais, uma valor que se configura como o quádruplo do valor gasto no ano de 2021.
Nessa conta que só cresce, vale enfatizar que também entra a conta do diesel dos tratores. “Custava R$4 e pouco o litro e agora está quase R$7”, afirma o produtor. No período, a soja no mercado futuro subiu cerca de 40%. Além disso, de acordo com os levantamentos que foram realizados por distintas instituições financeiras, a grande pressão nos custos dos produtos que o produtor vem encarando é o que vai acontecer com todos os outros produtores brasileiros que, em tese, irão passar pela safra mais cara da história de todo o País.
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