Prepare o jardim! Estudo descobre 18 novas espécies de samambaias

Conheça a rica história das samambaias, desde a Era Paleozoica até novas espécies descobertas em análise genética. Confira aqui!

A samambaia é uma planta que remonta a centenas de milhões de anos, tendo suas origens na Era Paleozoica, cerca de 360 milhões de anos atrás. Ela pertence à classe dos pteridófitos, plantas vasculares primitivas que não produzem sementes, mas se reproduzem por meio de esporos.

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Dessa maneira, as samambaias prosperaram em ambientes úmidos e sombreados ao longo da história da Terra, adaptando-se a uma variedade de habitats, desde florestas tropicais até regiões montanhosas.

Samambaia: evolução e diversidade

Sua longa evolução testemunhou mudanças climáticas e eventos geológicos, moldando sua diversidade e distribuição global. Hoje, as samambaias continuam a ser uma parte importante dos ecossistemas terrestres, desempenhando papéis fundamentais na biodiversidade e no ciclo da água.

Mais 18 novas espécies descobertas

Uma pesquisa liderada pela equipe de Pesquisa Amazônica da Universidade de Turku, na Finlândia, destacou a diversidade das samambaias nas florestas da América. O estudo, publicado na revista Willdenowia, revela a existência de 18 novas espécies pertencentes ao gênero Danaea, desafiando as estimativas anteriores.

Samambaia: pesquisa revela surpresas

A diferenciação entre essas novas espécies e aquelas com aparência semelhante foi possível graças a um meticuloso trabalho de campo combinado com análises de DNA. Entre as descobertas mais surpreendentes está que algumas dessas espécies foram encontradas em áreas já amplamente estudadas, como a Ilha Barro Colorado, enquanto outras foram localizadas em florestas tropicais pouco exploradas.

No quintal de estação de pesquisa

Hanna Tuomisto, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, ressalta a importância dessas descobertas: “Duas de nossas novas espécies foram encontradas praticamente no quintal de uma estação de pesquisa. É claro que essas plantas já foram vistas, mas pensava-se que pertenciam a uma espécie comum que crescia em toda a América tropical”.

Samambaia e os desafios para classificar

Danaea ampla – Foto: Hanna Tuomisto / Reprodução

O gênero Danaea tem sido particularmente desafiador para os cientistas devido à sua complexidade. Nas últimas décadas, o número estimado de espécies variou de 20 a 30, mas agora, com as novas análises, esse número subiu para aproximadamente 80 espécies descritas, com outras 20 ainda aguardando confirmação.

Conservação e ameaças

Danaea ubatubensis – Foto: Hanna Tuomisto / Reprodução

Dentre as novas espécies identificadas, a Danaea ubatubensis se destaca, sendo encontrada apenas em uma pequena área de floresta tropical costeira no Brasil. No entanto, a descoberta também traz preocupações sobre a conservação, já que seis das novas samambaias são consideradas ameaçadas de extinção devido à redução de seus habitats naturais.

Impactos humanos

Hanna alerta sobre os impactos da atividade humana: “Os habitats adequados para espécies da floresta tropical foram reduzidos devido à atividade humana direta, como o desmatamento. A situação é especialmente ruim nas florestas tropicais da costa atlântica, nas florestas montanhosas andinas e em partes da costa do Pacífico e da América Central. Estas áreas são ricas em espécies endêmicas, mas as florestas foram reduzidas a fragmentos. É importante reforçar que as distribuições das espécies são mais restritas do que se pensava”.

Samambaia e suas curiosidades

  • Algumas espécies de samambaias podem chegar a medir até 20 metros de altura, como a Cyathea cooperi, nativa da Austrália, na Oceania.
  • Já outras samambaias, como a Azolla filiculoides, são tão pequenas que podem caber na palma da mão.
  • Algumas espécies de samambaias são usadas na medicina tradicional para tratar doenças como asma, tuberculose e câncer.
  • As samambaias possuem um sistema radicular fibroso e folhas frondosas que se desenrolam à medida que crescem.
  • Os esporos das samambaias são produzidos em estruturas chamadas soros, que ficam na parte inferior das folhas.
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