‘Primaverão’: até quando vai durar a nova onda de calor no Brasil?
Para o desespero dos brasileiros, as altas temperaturas ainda estão longe de irem embora do país. Veja o dizem os meteorologistas!
O Brasil está passando por sua oitava onda de calor de 2023, iniciada em 8 de novembro. Desta vez, o fenômeno está batendo recordes, prometendo ser o mais intenso já registrado no país. Para exemplificar sua intensidade, os moradores do Rio de Janeiro passaram pela sensação térmica de 50 °C na manhã desta segunda-feira (13).
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O fenômeno estava previsto para se encerrar nesta quarta-feira (15), porém, o Inmet estendeu o alerta até sexta-feira (17). Contudo, o calor ainda aparecerá novamente no Brasil até o final do ano. A previsão climática é de que as temperaturas mínimas e máximas devam ficar acima da média na maioria do país até o início de 2024.
“O verão começa no dia 22 de dezembro e, como é a estação mais quente, a tendência é do calor persistir até, no mínimo, janeiro de 2024. É claro que terão chuvas e, quando elas ocorrerem, há uma reduzida no abafamento”, explicou Andrea Ramos, meteorologista do Inmet.
Qual a influência do El Niño no calor?
O El Niño é constantemente associado ao aumento das temperaturas globais e a intensificação dos eventos climáticos. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), o El Niño apresenta 62% de chances de se manter até junho de 2024, o que faz com que ele permaneça no verão e outono brasileiro.
“O El Niño vai provocar um calor que persiste na parte central do país, com irregularidades fortes de chuvas na região Sul e tempo seco e quente no Norte”, esclareceu Andrea Ramos. Além disso, a meteorologista explica ainda que o fenômeno entrou em seu pico em outubro, que persistirá até fevereiro. Dessa forma, ele só começará a perder força em abril, por meio de uma redução gradual de sua atuação.
“Entre abril, maio e junho, há uma influência da La Niña, que contrapõe o El Niño. Ela o ameniza e as temperaturas tendem a não serem tão altas. Por exemplo, no ano passado, estávamos sob a sua atuação e tivemos até recorde de frio em Brasília, com 1,4°C. Temos que ficar atentos a todas as transformações, mas a maior possibilidade de neutralidade de temperaturas é para meados de junho”, finaliza a meteorologista.
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