Privatização da Caixa não está entre os objetivos da nova presidente, Daniella Marques

Ao tomar posse do cargo, Marques destacou seus planos para o banco e as medidas para evitar novos casos de assédio na instituição.

Daniella Marques Consentino tomou posse da presidência da Caixa Econômica Federal na última terça-feira (5), em uma cerimônia na sede nacional de Brasília, contando com a presença do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, além de diversas outras autoridades.

Leia mais: Veja como abrir uma conta na Caixa pela internet e sem sair de casa

A atual presidente era secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e substitui Pedro Guimarães, que deixou o cargo após sofrer denúncias de assédio sexual por funcionárias da Caixa. Os casos estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal e pelo Ministério Público do Trabalho.

Em uma coletiva de imprensa, Daniella disse que irá abrir um canal de diálogo para mulheres que trabalham na empresa, onde poderão relatar casos de assédio ou similares. Além disso, a nova presidente aprovou um plano de revisão das políticas de integridade e prevenção de assédio, e também da estrutura de governança de risco.

Daniella também irá afastar 26 consultores estratégicos da gestão anterior, sendo que alguns deles já deixaram seus cargos. Além destes funcionários, mais dois vice-presidentes foram afastados recentemente.

Na coletiva, Daniella afirmou que não pretende privatizar a Caixa e que essa discussão não passa neste momento. Isso inclui a venda de ativos como o Caixa Tem, que não está nos planos da presidente.

“Ao longo desse processo de ‘bancarização’, de tanta gente no pagamento e operação do Auxílio Emergencial, foi desenvolvido junto um banco digital, que obviamente tem muito valor, mas ainda preciso me reunir com a governança do banco, vou respeitar os ritos de governança do banco para saber se gera valor para Caixa ou não estar desinvestindo, mas não é algo que está em discussão neste momento. Nem a privatização da Caixa nem a venda de algum ativo”, disse.

Além de todas as medidas a serem feitas dentro da instituição, Daniella anunciou um programa de prevenção do assédio e violência doméstica, além de promover o empreendedorismo feminino. “A gente vai bancar a causa das mulheres, queremos ser o grande promotor desta causa”, concluiu.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.