Professores: quais motivos levam os mestres do saber a serem tão desvalorizados no Brasil?

Geralmente, os professores recebem salários baixos e não têm autonomia, o que afeta a qualidade da educação e pode causar escassez de profissionais qualificados no futuro.

O papel da escola em uma sociedade é amplamente defendido como o caminho para formar cidadãos e construir um futuro melhor para a nação. Porém, os professores têm uma das carreiras menos valorizadas no Brasil e no mundo.

De acordo com um relatório da Forbes de 2023, os profissionais da educação têm os menores salários do Brasil, quando são analisados os profissionais com ensino superior do setor privado.

Nessa lista, estão os professores do ensino pré-escolar, professores de artes, educadores de necessidades especiais, professores de ensino médio e professores de música.

No geral, profissionais da educação básica são os mais desvalorizados, mas até mesmo no ensino superior o setor de ensino ainda não recebe os devidos créditos.

“Se a Educação tem uma dimensão voltada para o fazer humano no mundo, o Professor é este interlocutor quantitativo e qualitativo desta formação. Como dizem, é esta a profissão das profissões”, defende o pesquisador Westerley Santos no periódico de filosofia Sapere Aude.

Contudo, para muitas pessoas, a atuação nessa área é mais relacionada à vocação ou ao amor à profissão, deixando de lado a importância do reconhecimento financeiro e a valorização profissional.

(Imagem: Freepik/Reprodução)

Um raio-x da desvalorização do professor no Brasil

Em nosso país, ocorre uma disparidade entre as habilidades e responsabilidades do professor com a sua realidade no mercado de trabalho.

Dados do Índice Global de Status do Professor, da Varkey Foundation, apontam que o Brasil apresenta o mais baixo grau de reconhecimento desses profissionais na avaliação feita em 35 países.

Além disso, outros fatores que desvalorizam o professor no Brasil são:

  • Carga de trabalho excessiva;

  • Recursos limitados em sala de aula;

  • Desvalorização social;

  • Insegurança nas escolas;

  • Exposição a problemas de saúde mental.

Como resultado, a carreira do educador tem sido menos procurada pelos novos profissionais. Essa movimentação atual pode impactar consideravelmente o futuro da profissão, provocando, até mesmo, falta de mão de obra qualificada.

Desde a falta de recursos às questões de saúde mental, a rotina do professor já é representada pela escassez e longas horas de trabalho dentro e fora da sala de aula.

Portanto, além de valorizar a educação, é necessário promover uma mudança social que demonstre, de fato, a importância dos professores, indo além de homenagens no dia 15 de outubro.

* Com informações de Forbes, Tecmundo e Sapere Aude.

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