Programa ‘Atlânticas’ leva mulheres negras, indígenas e quilombolas para pesquisa fora do país

A iniciativa, que foi idealizada pelo Ministério da Igualdade Racial, beneficia mulheres com doutorado ou pós-doutorado. Entenda!

Na última semana, o Governo Federal lançou um programa voltado diretamente para mulheres negras, indígenas e ciganas, sob a chancela do Ministério da Igualdade Racial.

Sob o nome ‘Atlânticas: Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência’, a iniciativa é, também, uma à historiadora negra Beatriz Nascimento.

A ideia é garantir acesso à educação gratuita e de qualidade, com cerca de 45 bolsas de estudo para “doutorados sanduíche” e pós-doutorados no exterior.

Outro objetivo é que mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas já matriculadas em um doutorado pela Capes possam concorrer às bolsas.

O investimento destinado à iniciativa é de R$ 8 milhões e surge de forma inovadora.  Isso porque, segundo o Ministério, apenas 4,9% das bolsas de doutorado sanduíche são ocupadas por mulheres negras — em comparação a 30,9% destinadas às brancas.      

Conheça o programa ‘Atlânticas’

Com a criação do ‘Atlânticas’, é possível aumentar a inserção dessas mulheres no mundo científico, colaborando para a permanência em pesquisas.

Assim, mais mulheres negras, indígenas, quilombolas e ciganas vão se sentir confiantes em apostar em uma carreira científica com reconhecimento.

De acordo com Ana Venturine, diretora de Ações Afirmativas do Ministério da Igualdade Racial, mais mulheres serão incentivadas, uma vez que “foram historicamente excluídas desses espaços”, afirmou.

(Imagem: Divulgação)

Além disso, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, garante que “não podemos falar de ciência sem pensar em como a diversidade é condição para a produzir ciência de qualidade na graduação e pós-graduação”, declarou.

Entenda o nome ‘Atlânticas: Programa Beatriz Nascimento Mulheres na Ciência’

O Ministério da Igualdade Racial implementou o nome de uma das principais pesquisadoras do país, Beatriz Nascimento, ao programa, como forma de homenagem.  Nascimento contribuiu para os estudos sobre a identidade negra no país. Ela faleceu em 1995, vítima de feminicídio, aos 52 anos de idade.

Como parte da agenda de Igualdade Racial, o Ministério ainda vai lançar, no próximo dia 31 de julho, outro programa de intercâmbio.  A ideia com esse novo programa é incentivar o estudo em países africanos, latino-americanos e caribenhos. Até o momento, a pasta não divulgou mais detalhes sobre a nova iniciativa.

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