Relógio do Juízo Final avança e a humanidade nunca esteve tão perto do fim
Relógio do Juízo Final alerta para a proximidade da destruição mundial.
No dia 28 de janeiro, o Bulletin of the Atomic Scientists (BAS) anunciou que o Relógio do Juízo Final avançou e situa-se agora a apenas 89 segundos da meia-noite. Tal relógio simbólico avalia o quão perto a humanidade está da destruição total.
O ajuste reflete a percepção dos cientistas de que o mundo não avançou suficientemente na mitigação das ameaças existenciais que enfrentamos. Daniel Holz, presidente do Conselho de Ciência e Segurança, destacou a situação preocupante durante a divulgação.
Instante quando houve a alteração do Relógio do Juízo Final – Imagem: reprodução/Getty Images
Razões para o avanço do relógio
A proximidade inédita dos ponteiros à meia-noite simboliza uma crise global iminente, resultante de tensões geopolíticas, conflitos e mudanças climáticas. Cada segundo conta nesse cenário alarmante.
1. Conflitos e instabilidade global
Entre os fatores que contribuíram para o avanço, estão conflitos como a invasão russa na Ucrânia e embates no Oriente Médio. Além disso, guerras no Sudão e no Congo exacerbam a mortalidade e a instabilidade mundial.
2. Desafios climáticos e tecnológicos
Os últimos anos foram recordes em temperatura, com eventos climáticos extremos, como inundações e incêndios. Avanços em cibertecnologias e inteligência artificial (IA) usadas militarmente também aumentam os riscos globais.
3. Disseminação de desinformação
A propagação de falsas notícias e teorias da conspiração prejudica a comunicação, o que polariza a sociedade. Esse ambiente acentua as ameaças e confunde a percepção pública entre verdade e falsidade.
Reações e responsabilidades globais
Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia, líder do The Elders e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, participou do anúncio e apelou pela ação conjunta dos líderes mundiais. Ele enfatizou a urgência de tomar decisões corretas para retroceder o relógio.
O Bulletin of the Atomic Scientists destaca que países como Estados Unidos, China e Rússia têm o poder e a responsabilidade de tirar o mundo dessa crise. A colaboração entre essas nações é crucial para reverter o curso atual.
Em anos anteriores, o relógio ajustou-se significativamente, como em 1991, após o Tratado de Redução de Armas Estratégicas. Isso mostra que, com ações adequadas, ainda há esperança de afastar o perigo iminente.
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