Projeto prevê distribuição de remédio à base de cannabis

Ao que tudo indica, o projeto ajudará milhares de pessoas que precisam do remédio à base da cannabis e não conseguem ter acesso por ser muito caro.

Um projeto de lei que permite a distribuição gratuita de remédio à base de cannabis na rede pública estadual está sendo votado. O objetivo é que as pessoas de baixa renda tenham acesso ao medicamento, já que ele custa muito caro. Projeto prevê distribuição de remédio à base de cannabis para pessoas que sofrem com convulsões e outras doenças.

Medicamento à base de cannabis

De acordo com o relato de Tarcísio de Freitas (Republicanos), as crianças da sua família aprenderam como agir durante uma convulsão porque o primo tem Síndrome de Dravet. Essa é uma doença que provoca múltiplos tipos de convulsões.

Esse caso foi lembrado pelo governador paulista porque chegou para sanção o projeto que prevê a distribuição de cannabis medicinal na rede de saúde estadual.

De acordo com ele, seu sobrinho precisava utilizar capacete para impedir as lesões na cabeça durante as crises e ganhou qualidade de vida quando começou a fazer uso de medicamentos à base de cannabis. O projeto de lei permite o fornecimento gratuito do remédio para aqueles que precisam.

Contudo, o MP Eleitoral voltou a recomendar a rejeição das contas da campanha de Tarcísio. No entanto, Tarcísio relatou o seguinte:

“Ele só melhorou quando começou a tomar canabidiol. É duro você ter na família alguém com Síndrome de Dravet. Você vê uma criança que, em vez de brincar, está convulsionando, convulsionando, convulsionando”.

O governador de São Paulo anunciou que sancionou, com vetos, o projeto de lei que permite a distribuição de medicamentos à base de canabidiol na rede pública de saúde estadual. O canabidiol, conhecido do ramo medicinal pela sigla “CBD”, é uma substância retirada da planta Cannabis, mais conhecida como maconha, mas que não tem efeito psicoativo.

O texto é de autoria do deputado Caio França (PSB) e a Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), que devem discuti-lo de novo, por causa dos vetos. O que ainda não foi esclarecido é quais vão ser as regras de distribuição e o prazo para que o projeto saia do papel.

Depoimentos durante a votação

As pessoas que estavam na plateia choraram com relatos que foram dados. Antes do governador falar, duas mães foram convidadas para dar seus depoimentos.

A primeira convidada contou que o filho teve 80 crises em um único dia e por isso, ela e o esposo precisavam dormir abraçados à criança para protegê-la caso ela tivesse convulsão durante a noite.

“O medicamento veio para revolucionar a nossa vida. É uma alegria ver o Victor zerado, sem epilepsia”, comentou ela.

A segunda contou um pouco da sua história e trouxe que mais de uma vez foi preparada pela psicóloga do hospital para a morte da filha.

“As crises dela eram severas, duravam uma hora e meia, e a gente tinha que correr para o hospital porque tinha paradas cardiorrespiratórias. O hospital chamava a psicóloga para me preparar para a morte dela”.  – Cidinha Carvalho

O governo estadual, ao justificar os vetos parciais no projeto, mostrou que alguns artigos estavam em desacordo com a Constituição Federal de 1988. Apesar disso, o governador acredita que as coisas serão resolvidas com agilidade e está bastante otimista.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.