Reviravolta: por que empresas que desistiram do home office estão se arrependendo agora?

Empresas que mantêm o trabalho presencial enfrentam dificuldades no preenchimento de vagas, enquanto o modelo híbrido surge como solução eficaz.

A revolução no mercado de trabalho trouxe à tona uma nova realidade para empresas e funcionários. O conceito de flexibilidade tornou-se crucial para muitos, especialmente após a pandemia, e a resistência a essa mudança pode custar caro. Cada vez mais, organizações insistem no retorno presencial total, mas pagam o preço dessa decisão.

Empresas renomadas, como Amazon e Dell, optam pelo tradicional regime presencial de cinco dias, enfrentando um prolongamento no tempo para preencher vagas.

Em contrapartida, a demanda por flexibilidade cresce, principalmente entre a Geração Z e trabalhadores que viram suas vidas melhorarem com o home office. Esse cenário reflete a necessidade urgente de transformação no ambiente corporativo.

Dificuldades das empresas que resistem ao home office

Foto: Shutterstock

Um levantamento da Revelio Labs evidencia uma diferença significativa no crescimento entre empresas flexíveis e aquelas que mantêm o modelo presencial. As primeiras apresentam um crescimento de 0,6%, enquanto as últimas mal atingem 0,3%. Essa divergência representa enormes custos em termos de contratação e produtividade.

Além disso, um estudo realizado pelas universidades de Pittsburgh, Baylor e Hong Kong alerta para uma preocupante fuga de talentos nas empresas do S&P500. Profissionais qualificados estão abandonando empresas que insistem no retorno integral, buscando oportunidades mais flexíveis.

O que realmente importa para os trabalhadores

O estudo de Recursos Humanos da Personio para 2024 revela que 51% dos trabalhadores priorizam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional ao escolher um emprego. Com 44% planejando mudar de emprego até 2025, empresas inflexíveis correm o risco de perder talentos valiosos.

Ademais, uma pesquisa da BambooHR sugere que algumas empresas utilizam a obrigatoriedade do retorno como estratégia de demissão disfarçada. Cerca de 18% dos gestores esperam demissões após anunciar tal política, mas muitas precisam recorrer a demissões diretas diante da realidade.

A solução: adoção do modelo híbrido

Em meio a esses desafios, o modelo híbrido surge como uma alternativa eficaz. Combinando três dias no escritório e dois em casa, muitas empresas conseguem atender às necessidades de ambas as partes. A resistência inicial ao retorno total foi superada com adaptações, evitando a perda de talentos.

Certas empresas ainda hesitam em adotar esse modelo. Preocupações com a cultura corporativa e a resistência a mudanças estruturais são frequentes. No entanto, estudos demonstram que, em um ambiente totalmente presencial, apenas quatro de cinco dias são trabalhados com eficiência máxima.

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