Riscos do parcelamento com juros altos

Com os juros nas alturas, fazer parcelamentos pode se tornar um grande erro, dependendo da quantidade de parcelas.

No mês de abril de 2022, 77,7% de todas as famílias brasileiras portavam algum tipo de dívida, conforme apontam os estudos da Confederação Nacional de Comércio e Bens, Serviços e Turismo (CNC). De fato, diante desse cenário, parcelar bens de serviço e consumo vem se mostrando ser a única alternativa para fazer a conta fechar no final do mês, ou para aqueles que tiveram algum imprevisto no mês e precisaram fazer aquelas compras que não estava no planejamento.

Nesse sentido, a educadora financeira Aline Soaper alerta que, como os juros no Brasil estão extremamente altos nos últimos meses, é preciso ter muita cautela na hora de fazer uma dívida parcelada, uma vez que, dependendo da quantidade de parcelas, esse dívida pode acabar virando uma bola de neve sem fim. Isso ocorre, em tese, devido ao fato de que a Selic subiu drasticamente nos últimos meses, para 12.75% no mês de maio.

Além disso, é fundamental enfatizar que em maio de 2020, a taxa Selic estava em torno de 3,5%, ou seja, em torno de um ano a taxa aumentou significativamente, mais que o dobro. Desse modo, a expectativa do mercado financeiro é de que o Banco Central, em junho, informe uma alta de 0,5%, e após isso a taxa fique estável até o final do ano. Isso significa que as dívidas feitas nesse momento terão altas taxas de juros.

“Com juros altos, o cuidado para não se endividar é ainda maior. Contrair dívidas de parcelamentos, seja em boletos ou cartão de crédito, pode ter um efeito bola de neve. O ideal é manter as contas em dia e evitar novas compras a prazo, principalmente de bens de consumo que podem ser pagos à vista”, conta a educadora financeira.

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