Cientistas pretendem usar bactéria controlada por som para curar câncer

Método foi desenvolvido por cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia e pretende ser revolucionário no tratamento de tumores.

Para muitos médicos, cientistas e especialistas, o câncer ainda é um grande mistério. Porém, esse mistério se dissipa à medida em que a medicina avança na busca de tratamentos mais eficazes. Nesse sentido, a notícia desse novo tratamento contra o câncer impulsiona esperanças na recuperação de pacientes. Para isso, os cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia pretendem utilizar bactérias geneticamente modificadas que se movimentam a partir do som. Por meio desses mecanismos, seria possível mapear e atacar células cancerígenas.

Leia mais: Mulher é curada de HIV: Confira nova cura encontrada pela comunidade científica

Entenda mais sobre o tratamento

O método é de simples compreensão, mas muito delicado em sua execução. Basicamente, os médicos pretendem introduzir bactérias da cepa Escherichia coli no organismo de um portador de câncer. Então, bactérias imunossuprimidas conseguiriam colonizar as células cancerígenas e, dessa forma, escapar do ataque do sistema imunológico.

Nesse momento, a equipe médica teria que acionar um aparelho de ultrassom capaz de estimular as bactérias para produzir drogas anticâncer. Essa tecnologia avançada conseguiria eliminar a doença sem que houvessem grandes efeitos colaterais no paciente. Entretanto, o experimento ainda está em fase de testes e depende de investimentos robustos para chegar aos pacientes.

Bactérias modificadas

O trabalho tem como líder o professor Mikhail Shapiro, que é professor de Engenharia Química do Howard Hughes Medical Institute. Foi dele a ideia de utilizar essas bactérias para o tratamento do câncer, mas a E. coli já era usada para tratamentos médicos. Todavia, houveram esforços para modificá-las.

Para isso, os cientistas projetaram as bactérias a partir de dois novos conjuntos de genes, um capaz de produzir nanocorpos e outro que os ativaria. A partir de então, seria necessário usar uma espécie de interruptor térmico, que funciona apenas em temperaturas específicas. Logo, os cientistas usariam um aparelho ultrassom para estimular o aquecimento entre 42 a 43 graus Celsius.

Até então o grupo de pesquisa apenas realizou testes em camundongos, mas os resultados foram positivos. Ainda assim, deve-se realizar testes com pacientes humanos muito em breve para ter um veredito final sobre o método.

você pode gostar também

Comentários estão fechados.