Acordos e negociações sobre o futuro do clima do planeta ficam em segundo plano
Medidas preventivas estão sendo estudadas para, assim, evitar que a temperatura global atinja valores máximos.
Devido à alta possibilidade do aumento da temperatura global nos próximos anos, anualmente os países da COP (Conferência do Clima da ONU) se reúnem e discutem formas de juntar esforços para tentar minimizar o aumento da temperatura global.
Um dos objetivos estabelecidos na edição deste ano – a COP 27, realizada no mês de novembro, no Egito – foi limitar o aumento de temperatura a 1,5 graus Celsius nos próximos anos. Entretanto, esse número poderá ficar só nos sonhos.
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Conforme um estudo publicado pela ONU, estima-se que o aumento da temperatura global poderá chegar a 2.8ºC nos próximos anos. Esse número irá comprometer vários ecossistemas e poderá ameaçar a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo.
Entretanto, os consensos internacionais ainda se encontram em verdadeiro debate, principalmente no que se refere a questões políticas e econômicas relacionadas à indústria dos combustíveis fósseis. O petróleo, por exemplo, é o combustível fóssil com maior aplicação comercial.
O único esforço para promover mudanças é a utilização de energias com baixa emissão de carbono. Dessa forma, alguns países que possuem o gás natural disponível irão utilizá-lo como fonte de energia.
Embora alguns acordos tenham sido realizados no ano passado para reduzir a utilização dos combustíveis fósseis, a Índia, por exemplo, não conseguiu colocar os planos em prática, pois as nações exportadoras de petróleo conseguiram articular para que tais medidas de redução não fossem aprovadas para 2022.
Kathy Jetnil-Kijiner, Embaixadora de Clima das Ilhas Marshall, citou que ainda tem esperanças de que essa redução seja colocada em prática. Já Martin Kaiser, diretor do Greenpeace Alemanha, disse que os países mais ricos têm impedido que as medidas sejam adotadas pois, para eles, isso arrisca sem nenhum cuidado a adesão ao limite de 1.5 graus.
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