Sequestros em SP batem recorde; criminosos utilizam até Pix!

O Pix é uma funcionalidade excelente para o dia a dia. Lançado no final de 2020, hoje esse método de pagamento já é parte do cotidiano de muitos brasileiros, tendo em vista a facilidade e praticidade que o serviço proporciona, realizando transações bancárias sem taxas, de maneira instantânea e a qualquer hora do dia.

Entretanto, esse sistema lançado pelo Banco Central pode ter contribuído para uma alta histórica em relação à quantidade de sequestros no estado de São Paulo, que em 2022 atingiu seu maior nível em 15 anos.

O número das extorsões mediante sequestro registradas na Secretaria da Segurança Pública de São Paulo foi obtido através da Lei de Acesso à Informação, pelo Estadão. Atualmente, os sequestros têm acontecido com um padrão diferente, sendo que os alvos são escolhidos aleatoriamente, ou até mesmo golpes são aplicados.

Um destaque entre esses crimes é o que está sendo chamado de Golpe do Amor, que é quando o criminoso marca um encontro com a vítima por meio de algum aplicativo de namoro ou de mensagens. Quando o encontro acontece, a vítima é feita de refém e fica presa por horas em cativeiro, normalmente próximo ao local de encontro, enquanto outro cúmplice ou a própria pessoa que marcou o encontro cuida das transações bancárias, liberando a vítima após o pagamento em algum local afastado.

Assim, no ano passado, foram registrados 165 crimes desse tipo. Esse número demonstra uma alta de 75% em relação aos três trimestres iniciais do ano anterior, quando foram registrados 94 casos, bem como supera o todo o ano de 2021, que teve 160 casos de sequestro notificados.

Entretanto, esse número pode ser ainda maior, já que o levantamento foi feito apenas em relação ao período entre janeiro e setembro do ano passado e comparado com os 12 meses dos demais anos. Os números são maiores em relação às delegacias da Grande São Paulo, principalmente na zona norte da capital paulista.