Ser o caçula ou o mais velho muda a personalidade?
Existem diversas teorias sobre o assunto. Veja o que realmente influencia a personalidade de filhos caçulas ou primogênitos.
Ser o filho mais velho ou o caçula interfere diretamente na personalidade do ser humano? Essa dúvida sempre perdurou ao longo da história e, no século 20, no contexto da sociedade moderna, esse assunto ganhou muita força.
Até porque geralmente existe a preocupação dos pais em relação ao caráter e comportamento dos filhos. Eles também buscam educá-los da melhor maneira, pensando em um futuro regado a ética e bons princípios.
E embora existam muitos pontos e ponderações a serem considerados sobre esse tema, uma teoria curiosa já cravou que existem, sim, características específicas de um ou de outro filho, a depender de sua idade.
O que muda entre o filho mais velho e o caçula?
Caçula ou mais velho: até que ponto isso altera a personalidade? – Fotos: Pixabay
De acordo com pesquisas recentes realizadas com irmãos gêmeos, concluiu-se que 40% da formação da personalidade de um filho se deve à genética. Já o restante é determinado pelos complexos dados culturais e ambientes em que vivemos.
Antes, no início do século 20, o psicólogo Alfred Adler criou uma teoria na qual afirmava que o filho mais velho poderia ficar neurótico ao perder a atenção total dos pais com a chegada dos mais novos.
Além disso, Adler defendia que a personalidade dos caçulas e dos mais velhos era algo previsível. Por exemplo: segundo ele, filhos mais velhos tendem a ser mais conservadores e a imitar os pais.
Já os caçulas, por sua vez, seriam competitivos a fim de chamar mais atenção para si. Assim, conforme o que dizia o psicólogo, o caçula teria tendência a ser sempre o mais ‘mimado’ e paparicado.
Contudo, esse embasamento caiu por terra com descobertas científicas recentes, que mostram que, de fato, os fatores sociais e culturais são os que mais influenciam determinados comportamentos.
Sem efeito permanente
Outro estudioso do tema, Frank Sulloway, entende que não existe efeito permanente na personalidade dos filhos por conta da ordem do nascimento.
Aliás, de acordo com esse especialista, esses comportamentos podem mudar conforme o tempo e o momento.
Na oportunidade, analisou-se as carreiras profissionais de adultos entre 1910 e 2000, justamente para avaliar o impacto no comportamento. A partir disso, percebeu-se que a diferença era muito pequena.
Em resumo, ser o filho mais velho ou o mais novo não interfere geneticamente no desenvolvimento da postura.
E, em alguns casos, essa postura durante a infância ou adolescência pode mudar com o passar dos anos e se transformar durante a fase adulta, tudo de acordo com o dia a dia de cada um.
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