Spray de feridas combate infecções mesmo em bactérias resistentes a antibióticos

Mesmo em contato com fluidos corporais, como o sangue, o material antibacteriano com peptídeos ligados a partículas de hidrogel é eficiente.

A resistência aos antibióticos é considerada uma das dez principais ameaças à saúde global pela OMS, o que torna a busca por novas maneiras de combater as bactérias resistentes essencial.

Por esse motivo, pesquisadores da Universidade de Tecnologia Chalmers, na Suécia, desenvolveram um novo spray capaz de matar bactérias resistentes a antibióticos e prevenir infecções, reduzindo a necessidade do uso de antibióticos.

O material é composto por peptídeos (moléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos que compõem as proteínas) que matam e ligam bactérias, e pode ser usado em tratamentos de feridas ou diretamente em equipamentos médicos.

As pequenas partículas de hidrogel equipadas com esses peptídeos fornecem um ambiente protetor e aumentam a estabilidade dos peptídeos, permitindo que trabalhem em conjunto com fluidos corporais, como o sangue, que de outra forma inativa os peptídeos, tornando-os difíceis de usar na área da saúde.

Crédito: Chalmers University of Technology| Anna-Lena Lundqvist

Em estudos anteriores, os peptídeos foram usados para materiais de tratamento de feridas, como curativos. Agora, os pesquisadores publicaram dois novos estudos em que o material bactericida é usado na forma de um spray de ferida e como um revestimento em dispositivos médicos.

O novo material antibacteriano apresenta muitas vantagens sobre os sprays e desinfetantes existentes, sendo completamente não tóxico e não afetando as células humanas. Ao contrário dos sprays bactericidas existentes, ele não inibe o processo de cicatrização do corpo.

 

“A substância neste spray de ferida é completamente não tóxica e não afeta as células humanas. Ao contrário dos sprays bactericidas existentes, ele não inibe o processo de cicatrização do corpo. Os materiais, que são simplesmente pulverizados na ferida, também podem matar as bactérias em um tempo mais curto “, diz Edvin Blomstrand, estudante de doutorado industrial do Departamento de Química e Engenharia Química da Universidade de Tecnologia de Chalmers e um dos principais autores do artigo científico.

Fonte: Scitechdaily

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