Água-viva desafia a morte com envelhecimento inusitado; confira

Água-viva consegue reverter seu ciclo de vida e se tornar praticamente imortal. Com isso, oferece informações importantes para pesquisas de regeneração.

Imagine um ser que, ao contrário de todos nós, não envelhece e tem a capacidade de voltar no tempo, pelo menos em seu ciclo de vida.

Ele não é fruto da ficção científica, mas sim um habitante dos nossos oceanos. Conhecida como Turritopsis dohrnii, essa espécie de água-viva é popularmente denominada como a ‘medusa imortal’.

Animal nos mares é considerado imortal

A Turritopsis dohrnii, anteriormente conhecida pelo nome científico Turritopsis nutricula, possui um ciclo de vida fascinante que contraria as leis naturais da mortalidade, permitindo-lhe, teoricamente, viver indefinidamente.

Predadores e acidentes à parte, essa água-viva não sucumbe à velhice, o que intriga e surpreende os cientistas ao redor do mundo.

Turritopsis dohrnii desafia o envelhecimento

Turritopsis dohrnii e seus segredos de juventude eterna – Imagem: Reprodução

O ser excepcional passa por um ciclo de vida composto por duas fases principais. Inicia como pólipo, uma etapa prematura que, eventualmente, é seguida pela fase de medusa, na qual é capaz de reprodução assexuada.

Dessa maneira, ela consegue realizar algumas façanhas contra o tempo, além de apresentar outros aspectos, como:

  • Habilidade de regeneração após ferimentos não fatais;

  • Capacidade de passar do estágio adulto de volta para a fase imatura;

  • Tamanho que chega, no máximo, a 4,5 mm com cerca de 80 a 90 tentáculos.

Impacto no estudo do envelhecimento e regeneração

Além de seu fascínio biológico, a imortalidade da Turritopsis dohrnii oferece informações valiosas na pesquisa médica, especialmente no que diz respeito ao envelhecimento e à regeneração celular.

Cientistas e a indústria farmacêutica estudam suas características na esperança de aplicar esse conhecimento em futuras terapias para humanos.

Tal pesquisa não apenas avança nosso entendimento da biologia marinha, mas também tem potencial para revolucionar tratamentos médicos, prolongando a qualidade e duração da vida humana.

A descoberta de tal espécie foi feita de forma quase fortuita pelo estudante alemão Christian Sommer em 1988.

Durante seu estudo em laboratório, Sommer ficou perplexo ao observar que a medusa recusava-se a morrer de forma natural, conduzindo-o a aprofundar suas pesquisas que eventualmente revelaram as propriedades de reversão de idade.

Entender essa espécie não só enriquece nosso conhecimento sobre a biodiversidade do planeta, mas também abre portas para avanços médicos que antes pareciam impossíveis.

A natureza, mais uma vez, mostra-se como uma mestra incomparável, oferecendo lições valiosas sobre os mistérios da vida e da morte.

Com informações do site IGN Brasil.

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