Startup finlandesa usa energia solar para deixar água do mar potável

Tecnologia criada pela empresa Solar Water Solutions promete produzir até 3.500 litros de água potável por hora, a partir da filtragem da água salgada do mar. Novidade já está sendo testada em regiões da África.

A criação da startup finlandesa Solar Water Solutions traz esperanças à Namíbia, que vive uma seca prolongada. O presidente Hage Geingob recentemente declarou o segundo estado de emergência, em três anos no país africano, por causa da escassez de alimentos, provocada pela falta de chuva.

A empresa do CEO Antti Pohjola criou um processo de  tecnologia de “dessanilização”, chamada de “osmose reversa”, que já está atuando no país, e que se utilizada em larga escala, pode ajudar a abastecer residências e plantações com água potável.

O sistema da Solar Water Solutions não chega a ser totalmente novo, porém funciona com energia solar, sem o uso de baterias, e por isso evita a emissão de dióxido de carbono. De acordo com a revista Fast Company, o sistema também é significativamente mais barato.

Como funciona a tecnologia

Startup usa contêiner com dispositos modulares, e acompanhado de painéis solares, para deixar água do mar potável. Imagem: Reprodução

Dentro de um contêiner de carga que é  acompanhado por uma fileira de painéis solares próximo ao Oceano Atlântico há dispositivos modulares. O menor sistema tem capacidade para produzir 3.500 litros de água por hora. O processo também filtra a água, usando uma membrana que remove bactérias, vírus e outros agentes contaminantes.

“Os custos de operação são basicamente zero, porque a energia solar é livre”, disse Antti Pohjola. Ainda, segundo ele, no sistema tradicional o processo de dessalinização consumiria uma grande quantidade de eletricidade porque a osmose reversa requer que a água seja submetida a uma pressão constante. Por sua vez, a nova tecnologia, mantém a pressão certa de forma independente, sem precisar de baterias caras para armazenar energia.

A tecnologia também pode ser útil longe da praia. No Quênia, por exemplo, a startup instalou o sistema em aldeias rurais, em que a água subterrânea usada normalmente pela população é considerada imprópria para o consumo. “Nós nos concentramos em áreas remotas, onde não há infraestrutura de eletricidade disponível”, afirmou Pohjola.

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