Tênis de R$ 2.500 da Adidas: por que você só pode usá-lo uma vez?

Você teria coragem de gastar cerca de R$ 2,5 mil em um tênis que poderia ser usado uma única vez? Parece absurdo, mas essa é a nova proposta da Adidas com o Adizero Adios Pro Evo 1. O modelo desenhado para corridas está sendo comercializado por US$ 500, com a premissa de melhorar os resultados dos maratonistas. Porém, ao contrário dos demais tênis de corrida, ele dura somente uma maratona.

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O modelo é o mais leve já produzido pela Adidas, fazendo parte do objetivo da empresa de entrar de cabeça na disputa pelos melhores tênis de corrida de fibra de carbono. Ao todo, 521 unidades foram vendidas, sendo disponibilizadas apenas para corredores de elite que conseguem completar uma maratona em até 3 horas e 30 minutos.

Alguns desses usuários relataram que sentiram imediatamente a diferença com o uso do tênis e que conseguiram melhorar os tempos de prova. Contudo, o produto tem sido bastante criticado devido a curta vida útil que possui.

Tênis menos sustentável do mundo

Ao comprar um tênis de US$ 500 para ser utilizado em apenas uma maradora, o Adizero Adios Pro Evo 1 se torna o tênis menos sustentável do mercado. Mesmo com as contestações, a Adidas afirmou que irá manter o preço, visto que o valor “reflete os materiais e designs de alto desempenho dentro do produto”.

No entanto, ainda não há evidências de que o novo modelo realmente garanta uma melhor desempenho nas provas. Segundo a Adidas, a nova espuma aumenta a captura de energia e o novo design do solado projeta a sola para cima próximo ao dedo dos pés. Porém, não há comprovações de que esses diferenciais realmente interfiram no desempenho nas provas.

Além disso, a durabilidade do tênis é um dos pontos causadores de polêmicas. No geral, os tênis de corrida duram no mínimo quatro maratonas. No caso do novo modelo da Adidas, a empresa deixou de lado diversos pontos para deixar o tênis mais leve, reduzindo sua vida útil para apenas uma corrida.

Ao contrário do anunciado, alguns especialistas temem que o tênis comece a se degradar inclusive durante a realização da maratona. Assim, ao invés de auxiliar o atleta na prova, o tênis poderia gerar riscos para os corredores.