Tensões aumentam entre Japão e Coreia do Norte após anúncio de ‘satélite’

Kim Jong Un, líder norte-coreano, informou ao Japão que pretende lançar um satélite no mês de junho, até dia 11.

Nesta segunda-feira, 29, o Ministério da Defesa do Japão emitiu uma ordem para se preparar para a destruição de um míssil balístico ou foguete norte-coreano que representa uma ameaça ao território japonês.

Essa ação ocorreu após a capital da Coreia do Norte notificar Tóquio sobre seus planos de lançar um ‘satélite’ entre quarta-feira, 31, e 11 de junho. O lançamento proposto, que seria o primeiro foguete espacial lançado pela Coreia do Norte em mais de sete anos, recebeu condenação imediata.

O primeiro-ministro Fumio Kishida expressou sua preocupação aos repórteres, afirmando que qualquer lançamento de míssil pela Coreia do Norte, mesmo que seja rotulado como “satélite”, viola gravemente as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e representa uma séria ameaça à segurança das pessoas.

Kishida informou que o Japão transmitiu uma forte exortação à Coreia do Norte, pedindo moderação e abstendo-se de realizar o lançamento. Além disso, ele destacou que Tóquio está colaborando com os Estados Unidos, a Coreia do Sul e outros países para abordar essa questão.

A Coreia do Norte foi proibida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas

De acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Pyongyang está proibida de realizar lançamentos de mísseis balísticos. No entanto, a Coreia do Norte argumenta que essas medidas não se aplicam ao seu programa espacial, que é designado como sendo civil.

Por outro lado, Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos veem os lançamentos de satélites como uma estratégia dissimulada para avançar em seu programa de mísseis, uma vez que tecnologias semelhantes são utilizadas nesse contexto.

Essa perspectiva levanta preocupações sobre a verdadeira intenção por trás dos lançamentos de satélites anunciados pela Coreia do Norte.

Durante uma coletiva de imprensa, Hirokazu Matsuno, secretário-chefe do gabinete e principal porta-voz do governo japonês, revelou que as autoridades norte-coreanas notificaram os planos de lançamento por e-mail. A Guarda Costeira do Japão foi encarregada de receber e tomar conhecimento dessas informações.

No mesmo pronunciamento à imprensa, Matsuno ressaltou que o foguete norte-coreano tinha a possibilidade de sobrevoar as ilhas da província de Okinawa, assim como outras partes do Japão, o que ele classificou como uma “provocação séria” da Coreia do Norte. O secretário-chefe do gabinete destacou a preocupação com essa potencial ameaça à segurança do país.

O alerta publicado no site da Guarda Costeira do Japão cobria uma ampla área do oceano, incluindo três regiões onde se previa a possibilidade de queda de objetos. Essas áreas incluíam duas localizadas no Mar Amarelo, a oeste da Península Coreana, e uma área a leste da Ilha Luzon, nas Filipinas.

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