Tesouros do passado: raro medalhão de imperador romano é encontrado na Bulgária

Uma descoberta arqueológica notável na Bulgária traz à luz um raro medalhão do imperador romano Caracala, além de artefatos valiosos do século III.

Em uma emocionante jornada pelo tempo, a Bulgária revela ao mundo uma descoberta arqueológica: um raro medalhão que retrata Marco Aurélio Antonino, mais conhecido como Caracala, um dos mais enigmáticos imperadores romanos. Este artefato, desenterrado em um túmulo antigo perto da vila de Nova Varbovka, não só ilustra a riqueza histórica da região, mas também joga luz sobre as intricadas relações culturais e sociais do Império Romano no século III d.C.

Imagem: Reprodução

O medalhão de bronze, meticulosamente cunhado na antiga cidade de Pérgamo, na Ásia Menor (atual Turquia), apresenta em uma face o rosto marcante de Caracala, enquanto a outra celebra sua visita a Pérgamo em 214 d.C., um evento de significativa importância histórica. Esta peça, descrita pelos arqueólogos como “rara e muito valiosa”, oferece um vislumbre da vida e do tempo de Caracala.

Caracala, cujo reinado de 211 a 217 d.C. foi marcado por conquistas e reformas. Um dos legados mais duradouros foi a Constitutio Antoniniana, também conhecida como Édito de Caracala, promulgada em 212 d.C. Este édito concedeu a cidadania romana a todos os homens livres do império, uma medida revolucionária que visava aumentar a receita tributária e integrar diversas partes do império sob uma mesma legislação.

Embora tenha tido motivações econômicas, essa expansão da cidadania ajudou a diluir as diferenças entre romanos e povos conquistados, contribuindo para uma maior homogeneização cultural do império.

Além do medalhão, a escavação trouxe à tona uma série de artefatos que datam do mesmo período, encontrados em dois túmulos distintos. Um continha os restos mortais de uma criança, adornada com joias e outros objetos pessoais, sugerindo uma vida de status elevado. O outro túmulo, compartilhado por dois adultos, possuía itens semelhantes, reforçando a ideia de que pertenciam a uma família de ricos proprietários de terras.

Imagem: Reprodução

O encontro desses artefatos não apenas destaca a complexidade da sociedade romana, mas também a continuidade das tradições e a importância da memória e do luto. Lacrimatórios, recipientes usados para coletar as lágrimas dos enlutados, e joias de ouro, refletem o cuidado e o respeito pelos mortos, uma prática que transcende culturas e eras.

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