Trabalho grátis? Fundador de empresa oferece estágio sem salário e gera revolta
Petar Ninovski, da Brainster, é criticado nas redes por oferecer estágio sem remuneração. Anúncio viraliza no LinkedIn.
Petar Ninovski, fundador da Brainster, uma empresa da Macedônia do Norte, viu-se recentemente no centro de uma controvérsia nas redes sociais. O motivo é uma vaga de estágio não remunerado oferecida por sua companhia, que rapidamente gerou reações negativas dos internautas.
A publicação, que teve quase 500 interações no LinkedIn, destacou-se pelo detalhamento de uma oportunidade de aprendizado sem salário, considerada por muitos como uma exploração.
No anúncio, Ninovski afirmou que o estágio, com dedicação de até 50 horas semanais, não teria salário durante o primeiro ano. Contudo, oferecia uma compensação mensal de aproximadamente US$ 500, cerca de R$ 2,8 mil.
Ele classificou a vaga como uma “oportunidade rara” e prometeu que o estagiário escolhido trabalharia diretamente com ele, oferecendo como atrativo o acesso direto ao gerenciamento de três empresas multimilionárias.
Contexto e repercussão da oferta
Ninovski justificou sua oferta mencionando William Dodevski, um funcionário da empresa que teria começado em circunstâncias semelhantes. Segundo ele, Dodevski, hoje com papel-chave na Brainster, ilustra o potencial de crescimento proporcionado pela oportunidade.
“Ele não precisa mais de mim — ele construiu seu próprio caminho” —, destacou o fundador.
Funções do estágio
O estagiário teria a responsabilidade de acompanhar o empresário em suas atividades diárias, lidar com diversos projetos e até participar de decisões sobre investimentos em startups. O anúncio ainda prometia ao escolhido a participação em algo “histórico”.
Foto: Reprodução/LinkedIn
Reações na rede social LinkedIn
Apesar da entusiástica descrição, a oferta não foi bem recebida no LinkedIn. Diversos internautas criticaram a proposta, acusando-a de promover trabalho não remunerado sob o pretexto de mentoria.
Comentários destacaram a necessidade de remuneração justa para os trabalhadores, classificando a iniciativa como exploratória e prejudicial ao mercado profissional.
A postagem de Ninovski, embora controversa, trouxe à tona um debate sobre as práticas de contratação e o valor do trabalho nos dias atuais. O caso da Brainster exemplifica como ofertas que desconsideram a compensação justa podem impactar negativamente a percepção pública e reforçar discussões sobre equidade no mercado de trabalho.
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