‘É possível treinar o cérebro para ser cada vez mais feliz’, aponta a ciência

O psicólogo russo, Pavlov, estava certo ao sugerir que aprendemos a regular os nossos cérebros. Por mais óbvio que isso pareça, este é um fenômeno psicológico que pode realmente ajudá-lo a começar a sua vida de novo, só que melhor. Nós temos a capacidade de treinar o cérebro para vivermos a vida muito mais felizes do que antes. A melhor parte é que tudo o que você precisa fazer é mudar o seu ambiente para que isso aconteça.

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O princípio da familiaridade

De acordo com o psicólogo social norte-americano Robert Zajonc, a familiaridade não gera desprezo. É coisa vai bem pelo contrário. Ele provou essa afirmação feita em um artigo seminal de 1968, chamado “Os efeitos da atitude da mera exposição”. Por meio de uma série de experimentos, Zajonc mostrou que a gente tende a favorecer os objetos e situações nas quais estamos presentes repetidamente, mas as quais somos expostos de forma sutil.

Ele chama isso de “mero efeito de exposição”, também conhecido como princípio da familiaridade. Agora pense nas pistas sociais e comportamentais ao nosso redor e em todas as informações que podemos ter sem perceber, seja para melhor ou para pior. O efeito é de mão dupla, ou seja, o cérebro favorece o bem e o mal quanto mais o vê.

Fração de segundos para o cérebro armazenar informação

De acordo com a psicóloga clínica emiradense, Dra. Lakshmi Saranya, leva apenas uma fração de segundo para que o subconsciente, responsável pela tomada de decisões e armazenamento de hábitos, internalize o que vê.

Quando expostos repetidamente, os neurônios continuaram a disparar. Como resultado, uma certa parte do cérebro se torna mais ativa. É por isso que a visão começa a parecer familiar. Sentimo-nos mais seguros quando temos mais exposição a uma mesma pessoa, objeto ou situação social. Isso reduz a incerteza no ambiente.

Aprenda a condicionar o seu cérebro

Os humanos são criaturas confortáveis, então não é difícil ver por que nós preferimos a familiaridade à mudança. Quanto mais cedo percebemos isso, mais cedo poderemos tomar decisões para evitar traços e hábitos prejudiciais antes de nos acostumarmos com eles.

As pistas contextuais ao nosso redor desempenham um papel muito importante na maneira como interpretamos as coisas, porque a exposição por si só tem mais probabilidade de ter um efeito positivo ou negativo no comportamento de alguém. Tudo se resume à autoconsciência para que você possa soar o alarme quando reconhecer padrões.

Seja mais consciente do espaço em que você se encontra, dos pontos turísticos que vê constantemente e das pessoas com quem trabalha e vive. Isso vai ser muito benéfico a longo prazo.