As Treze Colônias e a formação dos Estados Unidos
As Treze Colônias e a formação dos Estados Unidos levaram a criação de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos da América.
As Treze Colônias e a formação dos Estados Unidos são eventos que desencadearam na criação do atual Estados Unidos da América (EUA).
As Treze Colônias foram povoações fixadas pelos britânicos no continente americano no decorrer do século XVII.
Elas foram desenvolvidas em períodos diferentes e não possuíam unidade política. Foram fundadas por colonos ingleses que fugiram da Inglaterra devido ao agitado cenário político e religioso enfrentado pelo país naquele momento.
As Treze Colônias
As Treze Colônias se fixaram no litoral atlântico e se desenvolveram de diferentes formas entre si. Elas influenciaram e marcaram a formação dos EUA.
As Treze Colônias eram:
- Geórgia
- Rhode Island
- Pensilvânia
- Nova York
- Delaware
- New Hampshire
- Carolina do Norte
- Carolina do Sul
- Massachusetts
- Maryland
- Connecticut
- Virgínia
- Nova Jersey
Formação das Treze Colônias
A formação das Treze Colônias começou em 1607, com a fundação do primeiro assentamento britânico na América, instalado em Jamestown no atual estado da Virgínia.
Na década de 1640, a Grã-Bretanha vivia um momento de revoluções e disputas políticas e religiosas com a chamada Revolução Puritana. Protestantes, presbiterianos e calvinistas se viram perseguidos e obrigados a deixar o país.
Descobriram no continente americano um local para se fixarem após escapar das perseguições religiosas. Com isso, a área correspondente à região norte do continente americano foi povoada por britânicos ao longo do século XVII.
De acordo com o Tratado de Tordesilhas, esse território era da coroa espanhola. Contudo, ela estava mais interessada em explorar as regiões que correspondem ao atual México e Peru, deixando o local onde hoje se situa os EUA, sem ocupação.
Foram os primeiros habitantes ingleses que iniciaram o modelo de autogoverno que marcou grande parte da trajetória das Treze Colônias.
Os colonos protestantes foram os responsáveis por colonizar as novas terras. Se concentraram na questão educacional fundando a primeira universidade americana, Harvard, já em 1636 na cidade de Cambridge, no estado de Massachusetts. Atualmente é considerada uma das mais prestigiadas universidades do mundo.
A organização política das colônias exigiu a existência de governadores, conselhos e assembleias que determinaram a participação política dos ingleses na região.
Já o processo de desenvolvimento econômico das colônias se deu de forma diferenciada, de acordo com as especificidades de cada local.
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Características das Treze Colônias
As características das Treze Colônias americanas se diferenciavam entre si devido aos aspectos geográficos, sócio-políticos, humanos e econômicos de cada território. Por isso, elas eram divididas em três regiões:
- Colônias do Norte
- Colônias do Centro
- Colônias do Sul
Vejamos mais informações sobre cada uma delas:
Colônias do Norte
As colônias do norte eram formadas pelas colônias de Massachusetts, New Hampshire, Connecticut e Rhode Island. Essa região também foi chamada de Nova Inglaterra.
Os colonos que se fixaram nesse território foram em busca de liberdade tanto política quanto religiosa. Dessa maneira, a relação entre a política e a religião era muito forte a ponto de utilizarem os espaços das igrejas para a tomada de decisões.
O solo não era fértil, por isso recorreram à pesca e à captura de baleias como forma de mover a economia que era voltada para o mercado interno, por meio do trabalho familiar livre ou assalariado.
Predominava a mão de obra livre, contudo, existiam africanos escravizados que realizavam atividades domésticas. Os negros eram violentados e tratados como seres inferiores em relação aos brancos.
Colônias do Centro
As colônias do centro eram compostas por Nova York, Pensilvânia, Nova Jersey e Delaware.
Essa região possuía um clima agradável, que favorecia o solo e consequentemente a agricultura. Tanto a agricultura interna quanto externa moviam a economia dessa região.
Essas colônias foram ocupadas pelos alemães, suecos e holandeses que foram sendo expulsos pelos colonos britânicos. Por isso, foram as últimas colônias a serem dominadas de fato pelos ingleses.
As colônias do centro se localizavam entre as colônias do norte e as colônias do sul, se tornando um ponto para trocas comerciais entre colônias portuguesas e espanholas e como rota de tráfico humano.
Adotaram a mão de obra livre e o trabalho escravo.
Colônias do Sul
As colônias do sul estavam formadas por Virgínia, Geórgia, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Maryland.
Foi a primeira região a ser formada por ingleses que saíram fugidos da Inglaterra. Foram em direção ao monte dos Apalaches e o Oceano Atlântico.
Os colonos viram nessa região uma possibilidade de criação de uma nova sociedade, onde eles seriam livres para viver com as suas crenças.
As colônias do sul desfrutavam de um clima favorável para a agricultura, concentrando seus esforços no plantio de arroz, algodão e tabaco, produzidos em sua maioria por mão de obra escrava. A produção era voltada para a exportação dos produtos internos.
Essas colônias foram as que mais utilizaram do trabalho de africanos escravizados para desenvolver a sua economia e enriquecer.
Independência das Treze Colônias
A independência das Treze Colônias foi baseada na consciência, por parte dos colonos, de que eles conseguiam se manter e se desenvolver sem a intervenção da Inglaterra.
Desde o início, as colônias tiveram uma certa autonomia política e administrativa. Os governadores encarregados de administrar as colônias possuíam liberdade e autonomia para tomar determinadas decisões.
Isso ocorria porque o rei inglês não achava relevante intervir em questões que não renderiam lucro à coroa inglesa.
Com isso, a partir do século XVIII, os colonos perceberam que conseguiriam se manter sem a coroa. Esse pensamento foi um dos principais motivadores para o processo de independência dos EUA.
Principais causas da Independência
As principais causas da Independência das Treze Colônias consistiu na crença, por parte dos colonos, de que eles conseguiriam se manter sem o auxílio da Inglaterra. Além disso, eles receavam que a metrópole não os auxiliasse em um possível ataque indígena.
Do mesmo modo, os ideias iluministas europeus estavam se propagando em solo americano, imbuídos de sentimentos libertários.
Além desses pensamentos, a década de 1760 se caracterizou por ações arbitrárias praticadas pela coroa inglesa. Como:
- A monopolização da venda do chá para a Companhia das Índias sem o consentimento dos colonos.
- A Lei do Selo em que a coroa inglesa determinou que todos os documentos oficiais que circulassem na colônia deveriam ser selados, visando obrigar os colonos a pagarem taxas à metrópole.
- A Lei do Açúcar que taxava em altos valores o açúcar e seus derivados.
O aumento das taxações ocorreu devido a Guerra dos Sete Anos, que agravou a crise financeira da Grã-Bretanha. Por isso os impostos foram cobrados no intuito de cobrir as despesas da guerra.
Essas foram algumas das ações que revoltaram os colonos que em pouco tempo conquistaram a Independência dos Estados Unidos, no ano de 1776.
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