Últimas notícias: Brasil adere à estratégia de dose única na luta contra o HPV
Nísia Trindade, ministra da Saúde no Brasil, anunciou a implementação da dose única da vacina contra HPV pelo SUS.
Na última segunda-feira, 1º de abril, o Ministério da Saúde, através da ministra Nísia Trindade, anunciou que a vacina contra o HPV (Papilomavírus) deixará o esquema de duas doses e será apenas de dose única.
A vacina é útil no combate a infecção do HPV, que é sexualmente transmissível, e é principal fonte causadora de câncer de colo de útero.
A ministra, por meio de sua conta na rede social ‘X’, expressou a importância da vacinação contra o HPV, enfatizando que uma única vacina pode oferecer proteção vitalícia contra vários tipos de doenças e cânceres associados ao vírus, como o câncer de colo de útero.
Em 2023, foram administradas 5,6 milhões de doses do imunizante, representando o maior número desde 2018 e um aumento de 42% em comparação com 2022.
Com esses dados, Nísia ressaltou que a decisão de utilizar apenas uma dose da vacina foi baseado em estudos científicos e alinhados com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Vacina de dose única contra o HPV
A imunização contra o HPV no Brasil é recomendada para meninos e meninas com idades entre 9 e 14 anos, além de pessoas que se enquadram em grupos de risco específicos.
Além da faixa etária, a vacina inclui vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos que não foram previamente imunizados, indivíduos que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea, bem como pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.
Além da vacinação, o Ministério da Saúde anunciou uma medida importante para o rastreamento do HPV e do câncer do colo do útero.
Foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) um teste de detecção de HPV classificado como inovador, capaz de detectar previamente a infecção uterina.
Uma das vantagens desse teste é que ele permite que a testagem seja realizada apenas de cinco em cinco anos, enquanto a forma atual de rastreamento, por meio do exame conhecido como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos.
A incorporação desse teste na rede pública de saúde passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerando a tecnologia mais precisa em comparação com as opções atualmente oferecidas pelo SUS.
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