10 dicas (indispensáveis!) para uma boa redação
Evitar gírias, eliminar o uso do internetês, abolir o vocabulário obsoleto, caprichar na letra e evitar chavões, clichês e lugares comuns estão entre as dez dicas infalíveis de redação.
Que tal arrasar na redação e conquistar a tão sonhada nota máxima? Essa parece uma missão impossível para a maioria dos estudantes, mas com um pouquinho de esforço, dedicação e muita, mas muita leitura, é possível sim se dar bem na modalidade escrita e assim conquistar aquele tão sonhado emprego ou aquela vaga na faculdade que você sempre sonhou cursar. Se a sua intenção é atingir a famigerada nota 1.000 na redação do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, então é hora de partir para os estudos e conferir as dicas infalíveis que o site Escola Educação preparou para você!
A hora de escrever não precisa ser um momento torturante, sofrido, uma verdadeira via-crúcis. Infelizmente nem sempre é fácil organizar as ideias no papel, tarefa que deixa muitos estudantes e escritores extremamente frustrados, capazes de desistirem na primeira tentativa. Fato é que nem todos possuem habilidades linguísticas, o famoso dom para escrever; parece que poucos de nós foram agraciados com essa competência, o que não impede que os menos hábeis tornem-se autores. Basta associar a leitura a algumas técnicas de redação, técnicas que demandam treino, pois escrever é um exercício que deve ser praticado constantemente, a fim de que a excelência seja alcançada.
Veja também: Como garantir a clareza textual
Bom, chega de conversa, vamos partir para a ação. Nós do site Escola Educação preparamos dez dicas infalíveis de redação para você consultar sempre que for preciso. As dicas que disponibilizaremos aqui certamente facilitarão sua vida nas próximas produções textuais; dicas que se forem bem aproveitadas poderão ser uma verdadeira “mão na roda” para quem quer e para quem precisa aprimorar a escrita. Esperamos que vocês aproveitem-nas e que façam boa leitura e claro, que tenham bons estudos!
Dez dicas para uma boa redação
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O título
Essa é uma questão que deixa muitos estudantes e candidatos para lá de confusos. A primeira dica é: jamais crie um título antes de ter finalizado sua redação. Melhor deixar para o final, já que muita água pode rolar entre o começo e o fim da produção textual. Ao longo do exercício da escrita, ideias e argumentos vão surgindo, e outros vão se modificando, por isso, quando terminar de escrever releia sua redação e só aí crie um título (preferencialmente curto e nominal) para o texto.
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Hora de abolir o “internetês”
Esse é um erro que vem sendo cada vez mais cometido por alunos e candidatos. A frequência do deslize está intimamente relacionada à comunicação que se estabelece nos ambientes virtuais. Em virtude do dinamismo que essa comunicação exige, é normal que empreguemos abreviaturas, siglas e outras reduções para facilitar a escrita, contudo, na hora de escrever uma redação para a escola ou para algum concurso, vale ficar atento para evitar que a linguagem própria da internet não contamine sua produção textual. Lembre-se sempre do princípio da adequação linguística, isto é, para cada situação de uso da língua há uma maneira mais pertinente para nos expressarmos.
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Cuidado com as abreviaturas
Voltando um pouquinho ao último tópico, quando falávamos sobre o uso exagerado de reduções: por mais apressado que você esteja, nada justifica o emprego exagerado de abreviaturas. Lembre-se de que elas devem ser utilizadas apenas quando forem indispensáveis e, claro, sempre confira as abreviaturas padronizadas. Para evitar erros, prefira a palavra por extenso, opção que certamente privilegiará a clareza textual, afinal de contas, quando escrevemos, escrevemos para sermos compreendidos, caso contrário, a função primordial da linguagem, que é a comunicação, ficará comprometida.
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Chavões, clichês e lugares-comuns devem ficar longe do seu texto
Não há nada que comprometa mais a originalidade de um texto do que o uso exagerado de chavões, clichês e lugares-comuns. Quando recorremos a esses recursos, também conhecidos como “muletas linguísticas”, assumimos o risco de perder nossa autenticidade, entregando para o leitor e também para o corretor um texto com cara de “produzido em série”. Se você não quer que seu texto fique com ares de pré-fabricado, fuja do senso comum, erro inerente aos chavões.
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Por obséquio, evite o rebuscamento linguístico, o qual denuncia certo, digamos, narcisismo por parte de quem escreve
Seu vocabulário é invejável? Isso é ótimo, mas na hora de escrever, lembre-se de que nem todo mundo passou horas e horas devorando o dicionário ou lendo livros do início do século XIX. Os arcaísmos são verdadeiros entraves na leitura de um texto e prejudicam o entendimento da mensagem. Evite-os! Melhor: Elimine-os!
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Evite gírias
Nos textos literários elas são bem-vindas, mas nos textos não-literários, se elas não apresentarem um propósito bem definido, please, deixe-as apenas na linguagem coloquial, registro da língua que utilizamos em momentos de descontração, com amigos, colegas e familiares. Lembre-se de que uma dissertação e uma carta argumentativa, tipos textuais mais solicitados em concursos e vestibulares, exigem a adequação à norma culta da língua, competência previamente solicitada nos editais e inerentes aos textos opinativos.
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Evite estrangeirismos
Nós não somos daqueles que acham que os estrangeirismos são verdadeiras ameaças à soberania da língua portuguesa, tampouco achamos que o inglês qualquer hora dessas será adotado como língua oficial, mas somos da opinião de que abusar dos empréstimos linguísticos é um comportamento absolutamente dispensável. Certo que alguns termos da língua inglesa e demais idiomas ainda não possuem equivalentes na língua portuguesa (sobretudo os termos relacionados à área da informática), mas sempre que possível, utilize palavras de nosso léxico. Lembre-se de que os estrangeirismos podem comprometer a clareza textual de sua redação, uma vez que nem todos os leitores estão preparados para compreender vocábulos de outros idiomas infiltrados em sua composição.
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Termos de baixo-calão? Nem pensar!
Acredite: muitas pessoas recorrem a esse recurso para demonstrar indignação perante um determinado tema, mas, francamente, por mais exaltado que você esteja, jamais utilize palavras deselegantes. Ouça a voz da sua consciência, lembre-se das broncas que você ouvia da sua mãe toda vez que escapava um palavrão da sua boca. Seja sempre educado (a), polido (a), elegante e deixe esses termos, digamos, radicais, apenas para as situações de uso informal da língua. Passe verniz em suas palavras! O bom-senso agradece!
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Abaixo as generalizações!
Todo mundo devia odiar generalizações, não há nada que denuncie mais a falta de conhecimento e a incapacidade de refletir sobre determinado assunto. Generalizar significa colocar todo mundo e todas as coisas em um mesmo balaio. Tudo bem que a ciência só existe com base em generalizações, que das observações sistemáticas devem resultar generalizações e tudo mais, mas nada pior do que uma generalização impertinente. Lembre-se: toda generalização improcedente é burra. Elimine-as de seu texto, mostre que você é capaz de formular suas próprias ideias e argumentos.
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A voz passiva deve ser evitada
A voz passiva é aquela em que o sujeito sofre ação e costuma aparecer em um texto quando a intenção do autor é impessoalizar o agente, ou seja, indeterminar o sujeito. A voz ativa é mais direta, objetiva, específica e de fácil entendimento. Ela torna a construção sintática mais curta e evita ambiguidades;
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Dica Extra
Sabe aquela letra que mais parece uma incógnita? Pois é, ninguém gosta de pegar uma redação para decifrar, muito menos um corretor que tenha uma pilha delas para ler e corrigir. Capriche na letra! Isso não significa que você deve apresentar uma caligrafia impecável, mas um pouco de cuidado na hora de escrever não faz mal, não é? Lembre-se de seu caderninho de caligrafia, reative as memórias do Ensino Fundamental e mostre que você é capaz de apresentar uma letra cursiva, ou de fôrma, legível. Certamente o leitor terá mais facilidade para entender suas ideias e argumentos, em vez de desistir de seu texto já no primeiro parágrafo por conta de uma letra indecifrável.
Luana Alves
Graduada em Letras
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