Olimpíadas 2024: Você sabe qual é o mascote deste ano?
Os Phryges representam o símbolo histórico de liberdade; saiba mais sobre eles e o que significam para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
As Olimpíadas são um dos eventos esportivos mais antigos e prestigiosos do mundo, com origens que remontam à Grécia Antiga.
Celebradas pela primeira vez em Olímpia, em 776 a.C., os Jogos Olímpicos foram concebidos para honrar Zeus, o rei dos deuses gregos.
Após uma longa interrupção, as Olimpíadas modernas foram revitalizadas em 1896 pelo Barão Pierre de Coubertin, em Atenas, e desde então, têm sido um símbolo de união e paz entre as nações.
Ao longo dos anos, as Olimpíadas evoluíram significativamente, tanto em termos de diversidade de esportes quanto na inclusão de atletas de todo o mundo.
Os mascotes olímpicos desempenham um papel importante na criação de uma identidade única para cada edição dos Jogos.
Introduzidos pela primeira vez em 1968, os mascotes são símbolos de hospitalidade e cultura do país anfitrião, tornando-se ícones memoráveis e cativando o público de todas as idades.
1ª aparição dos mascotes olímpicos
Os mascotes fizeram sua estreia oficial nas Olimpíadas da Cidade do México em 1968, com a figura de uma onça vermelha chamada Amik.
Contudo, foi nos Jogos de Munique, em 1972, que os mascotes se tornaram uma tradição consolidada, com a introdução de Waldi, um dachshund colorido que representava resistência e agilidade.
Desde então, mascotes de diversas formas e significados têm sido parte integral dos Jogos Olímpicos, cada um refletindo aspectos culturais e históricos do país anfitrião.
E alguns se tornaram históricos e lembrados até hoje, como o ursinho Misha, da Olimpíada de Moscou, o qual chorou na Cerimônia de Encerramento dos Jogos Olímpicos em 1980.
Importância desses mascotes é significativa
Os mascotes olímpicos são mais do que simples personagens animados. Eles carregam a missão de representar os valores e a cultura do país anfitrião, criando um vínculo emocional com o público.
Além disso, os mascotes ajudam a promover os Jogos, atraindo a atenção de crianças e adultos e gerando engajamento nas redes sociais e na mídia.
Especialistas concordam que os mascotes são ferramentas poderosas de marketing e comunicação.
Segundo Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador de Paris 2024,
Mais do que um animal, nossos mascotes representam um ideal. Eles incorporam nossa visão e são capazes de compartilhá-la com o povo francês e o mundo.
Phryges: Olimpíadas de Paris 2024
Para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, a escolha do mascote foi especialmente significativa.
Rompendo com a tradição de utilizar animais ou figuras representativas, os organizadores optaram pelo barrete frígio, um símbolo histórico de liberdade e resistência associado à Revolução Francesa.
Os mascotes, conhecidos como Phryges, são gorros frígios estilizados, um vermelho para os Jogos Olímpicos e outro com uma perna protética para os Jogos Paralímpicos, simbolizando inclusão e diversidade.
Para os Jogos Olímpicos de Paris, organizadores optaram pelo barrete frígio, um símbolo histórico de liberdade e resistência associado à Revolução Francesa – Imagem: Reprodução
O barrete frígio, ou gorro da liberdade, tem uma rica história. Originalmente usado pelos habitantes da Frígia, na atual Turquia, e posteriormente adotado pelos escravos libertos na Roma Antiga, o gorro tornou-se um emblema de emancipação.
Durante a Revolução Francesa, o barrete frígio foi adotado pelos revolucionários como símbolo de liberdade e república, um legado que perdura até hoje na iconografia francesa, como na figura alegórica de Marianne.
Origem histórica é curiosa
O gorro da liberdade tem uma rica e complexa história. Originalmente usado pelos habitantes da Frígia, uma região na atual Turquia, o gorro foi associado a conceitos de liberdade e emancipação desde a Antiguidade.
No Império Romano, o gorro, conhecido como píleo, era dado aos escravos libertos como símbolo de sua nova condição de homens livres.
Essa associação com a liberdade se fortaleceu quando o barrete frígio foi adotado pelos revolucionários franceses no final do século XVIII.
Durante a Revolução Francesa, o barrete frígio tornou-se um dos símbolos mais poderosos da luta contra a opressão e pela construção de uma república.
Era usado pelos sans-culottes, os revolucionários mais radicais, como um emblema de igualdade e fraternidade.
A figura de Marianne, a personificação da República Francesa, é frequentemente retratada usando o barrete frígio, reforçando seu significado como símbolo de liberdade e resistência.
A escolha
A decisão de utilizar o barrete frígio como mascote para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi uma escolha carregada de simbolismo.
Segundo Tony Estanguet, presidente do comitê organizador:
“Queríamos que nossa mascote representasse não apenas um animal, mas um ideal. Os Phryges simbolizam a liberdade e a transformação, valores que são fundamentais para os Jogos Olímpicos e para o espírito da cidade de Paris.”
Os Phryges foram apresentados ao público em novembro de 2022, com um design vibrante que incorpora as cores nacionais da França.
Estilizadas com olhos expressivos e laços de fita, os mascotes dos Jogos Olímpicos 2024 capturam a essência do espírito olímpico e da cultura francesa de maneira inovadora.
*Com informações de BBC, CNN e Educa Mais Brasil.
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