Rio Madeira – Saiba tudo sobre o maior afluente do rio Amazonas

Principal afluente do rio Amazonas, o rio Madeira atravessa os territórios do Brasil e da Bolívia.

O Rio Madeira faz parte do conjunto de recursos hídricos da bacia do rio Amazonas, banhando os estados de Rondônia e do Amazonas.

Sua extensão aproxima-se de 3.315 km, sendo considerado o 17º maior em extensão no mundo. É também um dos principais e maior afluente – cursos de água menores que desaguam em rio maiores –  do rio Amazonas

Recebe esse nome porque durante o período intenso de chuva, o nível de água sobe consideravelmente a ponto de invadir parte das florestas que ficam à sua margem, levando troncos de árvore e restos de madeira para as torrentes.

Dados Geográficos: Nascente, principais afluentes e foz

O rio madeira nasce na Cordilheira dos Andes, território da Bolívia. Inicialmente, ganha o nome de rio Beni

Apenas após descer a vasta cadeia de montanhas em direção ao norte, o curso de água recebe o rio Mamoré-Guaporé, tornando-se assim o rio Madeira

Traçando uma divisória entre Bolívia e o Brasil, o Madeira também faz fronteira entre esses países até seu encontro com o rio Abunã. Depois disso, segue sentido região Nordeste e atravessa corredeiras provisórias até seu outro destino: Porto Velho

Os principais afluentes do rio Madeira de acordo com sua posição geográfica são: 

  • Margem esquerda: Abunã, São Simão, Ferreiro e José Alves.
  • Margem direita: Ribeirão, Jamari, Machado, Mutum-Paraná e Jacy-Paraná.

O rio Madeira, como dito anteriormente, é o principal afluente e foz (desembocadura de um rio menor em outro maior) do rio Amazonas.

Mapa hídrico do Rio Madeira

Confira no mapa a geolocalização do rio Madeira considerando os limites da bacia Amazônica (em amarelo).

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Períodos: seca e chuva

Em se tratando dos períodos entre a estação chuvosa e a seca, o rio apresenta variações significativas. Por exemplo, durante a seca (junho a novembro) os recursos hídricos do rio que fluem sentido ao Amazonas acabam formando praias de água doce por toda a extensão de suas margens. 

Durante essa época, é possível observar a enorme quantidade de pedras que ajudam na formação das corredeiras periódicas, chamadas regionalmente de “amazônidas”

O período chuvoso (dezembro a maio), coincidência ou não, além de receber as águas da chuva, o rio também se enche com a invasão das águas do rio Amazonas, 

que surge sentido contrário ao delta  – terreno triangular onde ocorre a foz de um ou mais rios.

Só nesse processo, o nível de água do Madeira chega a subir 17 metros, inundando as cachoeiras em seu leito e cobrindo tanto florestas e parte da planície amazônica.

A partir dessa confluência, o rio Madeira torna-se um canal de navegação que depende da maré e,  em meio a esse imenso remanso – trecho de um rio onde não há corrente apreciável – há a transferência do material sólido depositado às raízes da vegetação.

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Na imagem, durante a cheia, o rio Madeira chega a cobrir a BR-364 e isolar o estado do Acre

Complexo Hidrelétrico

Com o objetivo de explorar o potencial de produção de energia do rio Madeira, durante as décadas de 1980 e 1990, a empresa brasileira PANEL planejou a construção das hidrelétricas de Santo Antônio e JirauA inauguração aconteceu nos anos de 2008 e 2016, respectivamente.

Os complexos são responsáveis por gerar quase 7 000 MW de energia, abastecendo as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na parte boliviana do rio, foi construída a hidrelétrica de Cachuela Esperanza, fornecedora de 1 000 MW.

Conhecido como “Projeto Madeira”, inicialmente foi aprovado no ano de 1996 pelo órgão DNAEE, hoje conhecido como ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e depois incorporado sob a alcunha de “Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira”.

Além do oferta no potencial elétrico, o rio é utilizado pela população em geral como transporte hidroviário, para a subsistência pesqueira e irrigação agrícola

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Usina hidrelétrica de Jirau
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Usina Hidrelétrica de Santo Antônio

Veja também: Hidrografia Brasileira –  O que é, resumo, características

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