A Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial se concentrou no período de 1760 a 1850, na Inglaterra. Foi o início do processo de industrialização e modernização das práticas de produção.
O que foi a Primeira Revolução Industrial? A Primeira Revolução Industrial se iniciou na Inglaterra, por volta de 1760. Ela foi o início do processo do avanço tecnológico que vivenciamos até os dias atuais.
A Primeira Revolução Industrial ocorreu devido a expansão do comércio internacional, ocorrido na Europa por volta do século XV a XVIII. O aumento do acúmulo de riqueza possibilitou o financiamento de novas máquinas e consequentemente, novas formas de produção.
Contexto histórico da Primeira Revolução Industrial
A Revolução Inglesa permitiu o surgimento de uma nova classe social, a burguesia. Ela tinha muito capital para investir, por isso, começou a financiar indústrias, a comprar terras. Essas ações, possibilitaram uma modernização da forma de produção.
A localização geográfica inglesa era privilegiada, pois ela tinha acesso ao comércio marítimo, o que facilitava a zona de livre comércio com o acesso a novos mercados. A Inglaterra se tornou uma potência marítima. Acumulando capital nessa prática, ela conseguiu investir em indústrias.
Além do que já foi citado, o pioneirismo inglês, se deveu também ao fato de a Inglaterra ter adotado a política de cercamentos, que consistia no cercamento em terras para a produção de matéria-prima de atividade pecuária.
Tal prática provocou o êxodo rural, quando pequenos proprietários se viram prejudicados (pois não tinha a escritura de suas propriedades) e foram rumo as cidades. Essas foram algumas das medidas liberais que facilitaram o progresso tecnológico e o aumento da produção inglesa.
Revolução Industrial na Inglaterra
Foi nesse contexto que foi desencadeada a Primeira Revolução Industrial. Iniciou-se na Inglaterra por volta de 1760, correspondendo à primeira fase do processo da Revolução Industrial.
Foi um período de grandes mudanças, que se limitavam, inicialmente, a Inglaterra. Porém, ao longo do desenvolvimento das novas tecnologias (com a Segunda e Terceira Revoluções Industriais), essas mudanças se propagaram por todo o mundo, em países como: França, Alemanha, Bélgica, Japão, Estados Unidos.
A principal característica dessa fase foi a utilização de máquinas em fábricas. Até então, a produção era feita por artesãos, mulheres, crianças, ou em casa ou em oficinas. Essa prática é chamada de manufatura, quando o produto é feito manualmente com o trabalhador cumprindo todas as etapas da produção. Isso que demandava muito tempo.
O processo produtivo mudou com o avanço tecnológico. As máquinas otimizavam o tempo, com uma produção em maior escala. O funcionamento delas era feito graças a uma nova fonte de energia, o carvão. Ele se tornou um dos principais elementos da Primeira Revolução Industrial, por dar “vida” ao maquinário utilizado para a produção.
A divisão do trabalho passa a existir, com cada trabalhador cumprindo uma etapa do processo produtivo.
Surge, então, novas relações de trabalho. O trabalhador passa a receber uma remuneração correspondente a sua produção. É nesse momento que o sujeito começa a vender a sua força de trabalho. Antes a produção se limitava basicamente ao âmbito familiar.
O principal setor de produção era o têxtil. Quase 90% dos tecidos de algodão ingleses eram vendidos para o exterior. A produção dos tecidos de algodão foi a responsável pelo processo de transição para o sistema fabril e para o crescimento industrial inglês.
A mecanização e as invenções
A Inglaterra foi o primeiro país a se modernizar/industrializar, utilizando máquinas para a produção dos produtos. A mecanização dos processos passou a vigorar em diversas áreas, com o aproveitamento da energia fornecida pelo carvão e a sua capacidade em se transformar em energia mecânica, para assim, as máquinas funcionarem.
Essa nova forma de produção – em tempo recorde – foi inovadora pois possibilitou o aumento da produção, com a transição da manufatura para a maquinofatura. Algumas das máquinas utilizadas para a fabricação eram:
- Máquina a vapor: Utilizada na indústria de tecido;
- Máquina de fiar: Fabricação de tecidos (transformou a Inglaterra na maior produtora de fios para tecidos do mundo);
- Tear mecânico: Aumentou a produção de tecidos;
Dessa forma, a atividade industrial passou a reunir a fonte de riqueza da economia inglesa.
As invenções britânicas influenciaram o início do processo industrial de diversos países europeus e não europeus.
Ainda no século XVIII, a Inglaterra se tornou o maior país em poder econômico do mundo e Londres, a capital financeira.
Veja mais em:
- Fases da Revolução Industrial
- Revolução Industrial no Brasil
- Plano de Aula sobre a Revolução Industrial – Parte 1
- Causas e pré-condições para a Revolução Industrial
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