A falta de taurina no cérebro está relacionada à depressão, de acordo com pesquisa

No estudo, pesquisadores mediram os percentuais do nutriente contidos em determinada região do cérebro de voluntários.

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Ciência Básica da Coreia (KBSI) conduziu um estudo inédito que buscou relacionar a taurina a alguns distúrbios emocionais e mentais, como a depressão.

Na pesquisa, os especialistas analisaram os níveis de taurina em mulheres jovens que sofrem de depressão e em voluntárias não depressivas.

Surpreendentemente, os níveis de taurina no hipocampo cerebral das mulheres depressivas eram bem menores do que nas não depressivas.

A título de informação, o hipocampo é a região do cérebro responsável pela memória, aprendizagem e outras funções cognitivas.

(Imagem: divulgação)

A metodologia do estudo

Para realizar a coleta de informações, os pesquisadores utilizaram o campo magnético ultra-alto 7T MRI humano (7T MRI).

Foram submetidas à análise 76 mulheres com idades entre 19 e 29 anos. Dessas, 36 tinham depressão e 40 não.

Além do KBSI, equipes do Instituto de Medicina Oriental da Coreia (KIOM) e da Universidade Nacional de Chungnam (CNU) também estiveram envolvidas no estudo.

Depressão: um mal abrangente

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 260 milhões de pessoas sofrem com depressão ao redor do mundo atualmente.

Esse problema é geralmente causado por perturbações no equilíbrio hormonal do cérebro, que depende da interação com hormônios neurotransmissores, como a serotonina, por exemplo, para proporcionar ao indivíduo uma sensação de bem-estar.

Devido à depressão, milhões de pessoas acabam se tornando reclusas e, em casos mais graves, tirando suas próprias vidas.

Ingerir taurina pode ser a chave contra a depressão?

A taurina é considerada um metabólito. Ou seja, é uma substância capaz de alterar de forma decisiva o funcionamento do metabolismo humano. Inclusive, as propriedades desse composto são exploradas em bebidas energéticas industrializadas.

Entretanto, não é seguro afirmar que a ingestão de mais taurina possa afastar a depressão e outros males mentais.

No estudo realizado pelos pesquisadores coreanos, outras substâncias também são citadas, como é o caso da colina, creatina, glutamina, glutamato, mio-inositol e N-acetil aspartato, que também são metabólitos.

Dessa forma, infere-se apenas que, muito provavelmente, a saúde mental depende de uma fina combinação de secreção hormonal estável, e não da presença de uma substância específica.

De qualquer forma, fica claro que a taurina é bastante importante para o correto funcionamento do hipocampo cerebral, tanto de mulheres quanto de homens.

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