Anvisa proíbe venda de produto à base de minoxidil após constatar que pode fazer MAL aos consumidores
Órgão determinou a apreensão de produtos à base de minoxidil da marca Barba Negra por falta de registro. Medida visa proteger a saúde pública.
Na última sexta-feira, 7 de fevereiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tomou uma decisão significativa ao proibir a venda de produtos à base de minoxidil da empresa Damatta Ltda, comercializados sob a marca Barba Negra.
A determinação inclui a apreensão e proibição de comercialização de todos os lotes desses produtos, além de itens como dutasterida, esfoliantes e shampoos antiqueda.
A decisão da Anvisa decorreu da constatação de que a empresa comercializava esses itens sem o devido registro, notificação ou cadastro junto ao órgão regulador.
A ausência de registro sanitário torna questionáveis a segurança, eficácia e qualidade dos produtos, o que representa um risco potencial à saúde dos consumidores.
Motivos para a proibição
Foto: Getty Images
A empresa Damatta Ltda. possui autorização para fabricar medicamentos, mas não para os produtos citados na decisão da Anvisa.
De acordo com a agência, a empresa violou a legislação sanitária brasileira, especificamente os artigos 2º, 12 e 59 da Lei 6.360/1976. Esses artigos são fundamentais para garantir que os produtos medicamentosos cumpram os padrões exigidos pela vigilância sanitária.
A proibição vai além da venda, abrangendo também a propaganda e a distribuição dos produtos. A Anvisa alerta que qualquer pessoa ou empresa envolvida na comercialização ou divulgação desses produtos poderá enfrentar sanções legais.
Sobre o minoxidil
Originalmente desenvolvido nos anos 1970 para tratar a hipertensão, o minoxidil ganhou popularidade nos anos 1980 como tratamento tópico para a alopecia androgenética, conhecida como calvície. Dermatologistas esclarecem que o minoxidil melhora a circulação local, favorecendo o crescimento dos cabelos.
Porém, existe a importância do uso sob prescrição médica, alertando para os perigos da automedicação e das dosagens incorretas, que podem resultar em efeitos graves como pressão baixa ou taquicardia.
A Anvisa continua aconselhando a população a evitar a compra de medicamentos sem registro, reforçando a necessidade de garantir segurança e eficácia nos tratamentos médicos. Até o momento, a empresa Barba Negra não se manifestou sobre as medidas adotadas pela agência.
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