Noites mal dormidas? Saiba que a apneia do sono pode estar por trás disso
Tratada como apenas o simples ato de roncar, a apneia do sono esconde perigos desconhecidos pela maioria das pessoas.
Considerada um distúrbio do sono, a apneia é barulhenta, com períodos entrecortados por engasgos muitas vezes não percebidos pelo pessoa que dorme.
Essas paradas na respiração diminuem a concentração de oxigênio no sangue e, consequentemente, geram uma agitação do sistema nervoso que aumenta o ritmos dos batimentos cardíacos e incita a contração dos vasos sanguíneos.
O quadro de problemas provocados pelo distúrbio também incluem o aumento nos índices de gordura abdominal e, para os diabéticos, resistência à insulina.
É importante lembrar que a apneia do sono também é considerada um fator de risco para quem sofre de pressão alta e arritmia cardíaca.
Sintomas e sinais da apneia do sono
Dentre os sintomas mais comuns de quem convive com a apneia do sono, destacam-se:
- Dificuldade em respirar;
- Roncos constantes e ininterruptos;
- Sono agitado;
- Sensação de sufocamento durante o sono;
- Dores de cabeças recorrentes ao acordar;
- Problemas em se concentrar para as atividades ao longo do dia;
- Sonolência em diversos momentos do dia.
Principais fatores de risco
Associada a outras doenças e hábitos de vida, a apneia pode ser mais recorrente nos seguintes casos:
- Obesidade;
- Pessoas com o maxilar inferior encurtado que acaba empurrando a língua para trás e atrapalhando a garganta;
- Consumir álcool em excesso;
- Tabagismo;
- Problemas respiratórios decorrentes das amígdalas e adenoides;
- Presença de tumores;
- Deitar de barriga para cima;
- Uso constante de sedativos.
Descobrindo a apneia: diagnóstico
É unanimidade dizer que o ponto de partida para a detecção da apneia está nos constantes ruídos emitidos durante o sono.
Sendo assim, é importante que os próprios familiares do paciente observem seu sono e comecem a relatar o que acontece durante esse período.
Para medir a qualidade do sono, faz-se um exame conhecido como polissonografia. Realizado em um laboratório ou clínica especializada, o paciente dorme a noite toda ligado a um aparelho que a todo momento registra os índices de batimento cardíaco, movimento dos olhos, atividade cerebral, nível de oxigênio no sangue e o mais importante: a respiração.
Há também a possibilidade de monitorar o sono por meio de um dispositivo portátil preso ao pulso e em dois dedos da mão. Na hora de dormir, o aparelho aponta as condições do sono do indivíduo. Depois, o médico que é quem analisará as informações contidas no dispositivo.
Qual o tratamento da apneia do sono?
Inicialmente, o médico precisa analisar o histórico de saúde do paciente, observando se alguma outra doença está causando a apneia.
Por exemplo, se a pessoa for obesa, uma das medidas para o tratamento está na perda de peso, associada à prática de exercícios fonoaudiológicos para ajudar a fortalecer os músculos da garganta.
Nos casos de apneias mais leves, comumente geradas pelo mau hábito de respirar pela boca, é possível ser resolvido apenas com o uso de dilatadores de narinas.
Para pessoas com a mandíbula curta, uma visita ao ortodontista é essencial para a correção da mordida e alongamento do maxilar por meio de aparelhos feitos para projetar essa ossatura.
Outra forma eficaz de se tratar a apneia é tentar resolver as pausas na respiração durante o sono. Para isso, o médico sugere o uso de um mecanismo chamado CPAP, que na tradução do inglês significa “pressão positiva contínua nas vias aéreas”.
Trata-se de uma máscara colocada entre o nariz e a boca e que é responsável por jogar ar para as vias respiratórias. O método é considerado eficaz e padrão para os casos de distúrbio do sono oriundos da apneia.
Entretanto, quanto aos casos decorrentes de problemas na estrutura do nariz ou face, o mais indicado são os procedimentos cirúrgicos.
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