Após Lula anunciar faixa de isenção do IR para R$ 2.640, Unafisco prevê impacto de R$ 108 bi
Nesta quinta-feira, 16, o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) anunciou mudança na faixa de isenção do Imposto de Renda.
Durante a campanha eleitoral que o levou à vitória, o atual presidente Luís Inácio Lula da Silva prometeu isentar da declaração do Imposto de Renda a parcela da população que recebe até R$ 5 mil mensais.
Dando o pontapé inicial para o cumprimento da promessa de campanha, na última quinta-feira, 16, o presidente anunciou mudança na faixa de isenção, que deixa de ser R$ 1.953 e passa a ser R$ 2.640. Saiba mais sobre a decisão de Lula e o que diz a Unafisco sobre a decisão ao longo do artigo.
Reajuste na tabela do IR e implicações na economia
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional) publicou uma nota que contém cálculos sobre possível impacto na arrecadação em 2023. Segundo eles, haverá uma diminuição de R$ 108 bilhões na contribuição, uma vez que a maioria das declarações brasileiras estão na faixa de R$ 1.953 a R$ 6.525.
Aumento do salário mínimo
Lula também disse que iria aumentar, ainda que timidamente, o valor do salário mínimo. O valor passaria a ser R$ 1.320 (R$ 18 a mais que o valor atual), para que trabalhadores que ganham até dois salários sejam isentos da declaração de IR).
Cada vez mais isentos
O presidente afirmou que o reajuste na tabela do Imposto de Renda deve evoluir gradativamente. Ou seja, a quantidade de isentos aumentará paulatinamente até que as faixas de isenção alcancem R$5 mil, concretizando sua promessa de campanha.
Vale lembrar que a tabela do IR não é reajustada desde o último ano da ex-presidente Dilma Rousseff e, dessa forma, há uma defasagem de 148%, a maior da história, como afirma o Sindifisco Nacional.
Tabela do IRPF corrigida
Caso a tabela não estivesse em defasagem e o cálculo estivesse corrigido e atualizado, a tabela do IRPF teria uma faixa de isenção de R$ 4.683,95, o que tornaria mais de 13 milhões de declarantes isentos.
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