Após nove anos de revitalizações, Museu do Ipiranga é reaberto
O retorno do museu com as portas abertas aconteceu em meio às comemorações sobre os 200 anos da Independência do Brasil.
O Museu do Ipiranga, em São Paulo, passou por algumas reformas e revitalizações durante um longo período (cerca de nove anos). Mas a boa notícia é que as obras chegaram ao fim e o museu reabriu suas portas na última quinta-feira, 8 de setembro. O retorno do museu com as portas abertas aconteceu em meio às comemorações sobre os 200 anos da Independência do Brasil.
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Desta forma, no dia 7 de setembro, foi realizada uma inauguração simbólica do lugar, que recebeu alguns estudantes de escolas públicas e municipais do estado, além dos profissionais em que foram envolvidos no processo de recuperação do museu. Após isso, no dia seguinte, o museu voltou a receber o público de modo geral, inaugurando cerca de onze exposições permanentes.
Quem for visitar o local conseguirá encontrar um acervo um pouco diferente do que estavam habituados a ver antes das reformas, com 3.700 itens, sendo que estes em sua maior parte são inéditos. Aproximadamente 350 peças do museu receberam um tratamento chamado multissensorial, que permite que as pessoas possam interagir de forma tátil ou olfativa, por exemplo, um ambiente que contém cheiro, além do material em braile disponibilizado para deficientes visuais.
Os objetos expostos no local são datados dos séculos 19 e 20, e é possível encontrar também alguns itens mais antigos, que fazem parte do antigo Brasil colonial. Entre eles, estão pinturas, esculturas, moedas, documentos de texto, fotografias, objetos revestidos com tecido e madeira e também duas maquetes de grande porte.
“Antes de ter sofrido as reformas, o Museu do Ipiranga era visto como se fosse um museu das elites, porque isso é que dava a entender nas exposições por um longo tempo”, disse Vânia Carneiro de Carvalho, atual coordenadora-geral do projeto de concepção e implantação das exposições. Ainda segundo ela, a revitalização do museu também tem o objetivo de marcar uma nova fase da curadoria.
As exposições apresentadas serão divididas em duas partes, a fim de ‘Entender a Sociedade’, onde estarão reunidas seis amostras sobre a sociedade brasileira e alguns processos históricos, e também a parte para ‘Entender o Museu’, que conta com cinco áreas dedicadas aos bastidores do lugar.
Vale destacar também que haverá uma exposição temporária, com previsão de inauguração para novembro, chamada ‘Memórias da Independência’, que tem como foco os eventos históricos e também sociais que são associados ao tema.
Os grandes clássicos do Museu do Ipiranga poderão ser encontrados na exposição ‘Uma História do Brasil’. O quadro de Pedro Américo, que muita gente conhece ou gostaria de conhecer, chamado Independência ou Morte, é a atração principal do lugar que começa no eixo monumental e atravessa o saguão e a escadaria do Salão Nobre.
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