Arqueólogos encontram aldeia asteca perdida na Cidade do México; saiba mais
De acordo com a análise arqueológica feita recentemente, o povoado existiu na região por volta de 450 d.C. a 650 d.C, ou seja, há aproximadamente 1.500 anos atrás.
Uma aldeia Teotihuacan de 1.500 anos foi encontrada por arqueólogos no centro da Cidade do México. Entre os vestígios, eles localizaram túmulos humanos, cerâmica, elementos arquitetônicos e outros objetos da vila perdida que podem ser de 450 d.C. a 650 d.C.
No final de julho, o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) divulgou que uma equipe localizou um povoamento asteca no México, próximo ao Complexo Urbano Nonoalco-Tlatelolco.
As primeiras impressões dos arqueólogos foram surpreendentes, por causa dos objetos achados com características astecas, a 2,4 km do noroeste do centro histórico do país.
“A descoberta é rara porque ocorreu em um contexto totalmente urbanizado, onde a possibilidade de encontrar evidências arqueológicas associadas à cultura de Teotihuacan era muito baixa”, afirmou Juan Carlos Campos-Varela, membro da diretoria do Instituto Nacional de Antropologia e História.
A descoberta arqueológica da aldeia perdida
A empolgante descoberta pode incentivar estudos sobre o passado da região mexicana, lançando explicações sobre as civilizações que já habitaram o país e o assentamento da rede de abastecimento local.
Além disso, as cerâmicas encontradas indicam que as pessoas da antiga vila eram artesãos e artistas, de acordo com Michael Smith, professor de arqueologia.
Entre 1960 e 1964, o mesmo povoado foi identificado pelo arqueólogo Francisco González Rul. Durante uma construção no centro do México, o pesquisador localizou objetos de cerâmica.
Agora, no período de março a junho de 2023, uma equipe do INAH realizou uma investigação no centro urbano de Nonoalco-Tlatelolco.
Assim, o local foi identificado como uma vila asteca devido ao conjunto de elementos arquitetônicos, como alinhamento das pedras, postes, poço artesiano e canaletas.
(Imagem: Marisol Bautista Roquez/INAH/Reprodução)
Cerâmica, enterros humanos e objetos artesanais da vila
Outro recurso de identificação do local perdido foram as cerâmicas e demais itens artesanais, como estatuetas, objetos de pedra verde e oferendas funerárias.
Ao analisar o material cerâmico, a equipe sugeriu que pertencia a um povoado asteca que esteve na região por volta de 450 d.C. a 650 d.C.
Basicamente, os vestígios indicam que a aldeia asteca vivia da agricultura de subsistência, pesca e outros recursos do lago. “Com essas novas descobertas, foi consolidada e demonstrada a existência de uma aldeia de ocupação teotihuacán na área de Tlatelolco”, disse Campos-Varela.
Já os três enterros humanos, aparentemente, foram de dois adultos e uma criança ou indivíduo mais jovem. No local dos túmulos, os pesquisadores também acharam tigelas com aspectos astecas.
Por fim, a área da descoberta ainda está sendo acompanhada por especialistas. No entanto, as escavações já foram finalizadas e o material coletado está sendo analisado pelos arqueólogos.
Para os registros históricos, a aldeia perdida de 1.500 é um marco dos trabalhos arqueológicos no México. Do mesmo modo, ela exemplifica a importância de preservar o patrimônio cultural de um povo para as gerações futuras.
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