Aumento no valor do vale-alimentação é negado
Secretário do Tesouro recusou a proposta do governo federal. Saiba mais.
Nas últimas semanas, um aumento de 100% no valor do vale-alimentação dos servidores públicos se tornou tema de discussão no Congresso. A proposta do presidente Jair Bolsonaro (PL) buscava compensar os reajustes salariais que não foram cumpridos pelo governo, e assim conseguir ampliar sua base de apoiadores no funcionalismo. Entretanto, o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle, recentemente negou a medida.
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Os servidores públicos federais, desde o final do ano passado, fazem uma série de reivindicações em relação à recomposição das perdas inflacionárias. Agora, o atrito entre essa classe e o atual governo deve alcançar novas proporções, pois, segundo Valle, o aumento não ocorrerá. “Já foi anunciado que não haverá aumento neste ano e também não haverá aumento do vale-alimentação. Já foi decidido no âmbito da Junta de Execução Orçamentária”, disse o secretário.
Promessa do governo federal
O presidente havia prometido um aumento no salário dos trabalhadores do setor de segurança, como os policiais. Após pressão dos servidores públicos, no mês de abril houve uma discussão sobre um reajuste de 5% em seus salários, com o objetivo de mitigar o impacto da inflação. Entretanto, a maioria dos servidores foi contra, visto que, em 2021, a alta no preço dos produtos já alcançava os 11%.
Inclusive, alguns órgãos, como o INSS e o Banco Central, também registraram queixas e greves, todas motivadas pela baixa remuneração. Ainda assim, o mandatário afirmou que não existia a possibilidade de dar o reajuste. “Me aponte onde tem dinheiro que eu dou agora o reajuste. A solução é fazer greve? (…) Não adianta botar a faca no pescoço. Não tem”, afirmou o presidente aos seus apoiadores.
Por conta disso, Bolsonaro levantou a ideia de reajustar o valor do vale-alimentação, que também não foi muito bem vista pelos servidores, uma vez que muitos consideraram a proposta desrespeitosa. Ele ainda informou que o governo evitou um corte salarial na época da pandemia, já que trabalhadores da rede privada tiveram descontos nos salários por conta da redução na jornada de trabalho.
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