Autoconhecimento: como conhecer sua verdadeira personalidade e por que isso importa

O autoconhecimento é essencial para o desenvolvimento pessoal. Esta palavra é formada pelo prefixo “auto” que significa “próprio” e o substantivo “conhecimento” que se refere à capacidade de compreender por meio da razão.

Sendo assim, o autoconhecimento é a compreensão que a pessoa adquire sobre si mesma ao longo da vida, suas qualidades, defeitos, limitações, medos, desejos e necessidades.

Esta autoconsciência é um processo de introspecção e auto-observação que requer inteligência emocional e leva à autoaceitação e ao crescimento pessoal. Portanto, caminho do autoconhecimento leva à construção de uma identidade pessoal.

Ter esta percepção de si é um sinal de maturidade e responsabilidade emocional no ser humano, além de ser um dos princípios básicos para lidar com a vida emocional de forma menos dolorosa e turbulenta.

Etapas para que o autoconhecimento se efetive

Autopercepção
Isso se refere à capacidade de nos percebermos como indivíduos com um conjunto de qualidades e características diferenciadoras.

Auto-observação
A auto-observação implica o reconhecimento de nós mesmos, nossos comportamentos, nossas atitudes e as circunstâncias que nos cercam.

Memória Autobiográfica
Esta é a construção da nossa própria vida, da nossa própria história pessoal, do nosso ponto de vista, que nos permite gerar um autoconceito de como fomos e como podemos vir a ser.

Autoestima
Autoestima é a percepção e valorização que cada um sente de si mesmo. Trata-se da avaliação que fazemos regularmente de nós mesmos, e o autoconhecimento é a base da nossa autoestima, fundamental na relação que temos conosco e com as outras pessoas.

Autoaceitação
A autoaceitação é a capacidade do ser humano de se aceitar como é. A autoaceitação ajuda nosso bem-estar emocional, permitindo que não nos sintamos culpados por como somos e como pensamos, além de evitar a frustração porque aceitamos nossas limitações.

O que ganhamos com o autoconhecimento?

Quando nos conhecemos, temos clareza sobre nossas limitações e possibilidades. Além disso, somos capazes de aceitar e entender os motivos que nos levam a agir de determinada forma. Mas, acima de tudo, temos consciência de quais são as nossas necessidades e aprendemos a respeitá-las e satisfazê-las, estabelecendo limites para os outros quando necessário.

Às vezes, podemos descobrir aspectos em nós mesmos que nos envergonham ou até nos assustam; ideias que parecem inconsistentes e contraditórias com o que pensamos sobre nós mesmos, mas também fazem parte de quem eu sou. Quando não aceitamos e rejeitamos aquelas partes de nós mesmos que consideramos negativas, também estamos negando a nós mesmos a oportunidade de melhorá-las.

Portanto, o autoconhecimento não é apenas a base da autoestima, é também a base da autoconfiança e do autocontrole, qualidades que nos permitem respeitar a nós mesmos e enfrentar as diversas situações que surgem na vida. E isso favorece o desenvolvimento de atitudes proativas.

Conhecer-se a fundo não é fácil, isso requer motivação, vontade e tempo, e esse processo é essencial para melhorar nosso bem-estar emocional e saúde mental. Por isso, como bem disse o filósofo Sócrates: “Conhece-te a si mesmo”.