Bancos desistem de oferecer consignados a beneficiários do Auxílio Brasil

A proposta foi sancionada pelo atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e tem como objetivo aumentar os recursos das famílias.

Alguns dos maiores bancos privados brasileiros não estarão fazendo parte do grupo das instituições que estarão oferecendo crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. A proposta foi sancionada pelo atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e tem como objetivo aumentar os recursos das famílias.

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Alguns dos bancos que já se recusaram a oferecer o crédito aos beneficiários são Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG. Isso se dá pelo fato de não terem estipulado nenhum limite na cobrança de juros antes de a iniciativa ter sido aprovada.

Conforme um levantamento realizado pelo O GLOBO logo após a proposta ter sido divulgada, o crédito para os beneficiários do Auxílio Brasil estava sendo oferecido com juros de até 78% ao ano. Por conta disso, os bancos acabaram desistindo da oferta, mostrando que existe de fato algo preocupante sobre essa medida ser efetiva e o impacto que ela poderia causar na imagem das instituições financeiras.

Entre as preocupações apontadas, a principal é o endividamento destas pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social, utilizando um empréstimo que seja capaz de comprometer até 40% do valor-base do auxílio, que seria de R$ 400,00.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, ressaltou que, por se tratar de uma operação com juros altos e que não tem um teto definido, além do valor do auxílio de R$ 600,00 com prazo para terminar em dezembro deste ano, o banco acabou tomando a decisão de não ofertar o crédito para os beneficiários do programa.

“Isso não é a mesma coisa que uma pensão ou até mesmo uma aposentadoria, isso é um benefício para as pessoas que estão em situação de dificuldade. Por conta disso, nós do Bradesco não estaremos operando nesta modalidade. São pessoas em situação de vulnerabilidade, em vez de ser algo que seja interessante para as duas partes, banco e cliente, a gente entende que essa oportunidade agora do curto prazo possa prejudicar os beneficiários a partir do momento que o benefício se encerrar”, completou Lazari.

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