Bebida histórica: desvendando o impacto da cerveja no desenvolvimento da humanidade

Sabia que a cerveja pode explicar a história da humanidade? De moeda a principal passo para o progresso, a bebida fez parte da cultura de inúmeras civilizações e a sua trajetória deixa muitas evidências sobre o desenvolvimento do mundo.

Um dos primeiros registros da presença da cerveja em assentamentos humanos foi feito em antigas habitações na Mesopotâmia, mas ela também apareceu na China, em relatos históricos datados de 9 mil anos.

Pesquisas ainda indicam que a bebida era usada como moeda para os trabalhadores da pirâmide do Egito entre 2580 a.C. e 2560 a.C.

Por tudo isso, apesar de ser difícil definir o local onde a cerveja foi criada, é constatado que ela tinha um papel importante nas sociedades antigas, sendo parte da economia ou hábito dos povos antigos. De fato, a cerveja era mais do que uma bebida popular.

(Imagem: Wolfgang Rieger/Wikimedia Commons)

O consumo de cerveja foi um passo para a civilização

Acredita-se que a cerveja tenha provocado a mudança na vida nômade para a vida baseada em agricultura, dedicada ao cultivo de plantas e à domesticação dos animais.

Inclusive, alguns cientistas defendem a ideia de que a cerveja foi o principal motivo para a escolha pela vida assentada.

Para os habitantes dessa época, a necessidade de consumir cerveja determinou que eles cuidassem do plantio dos grãos de cevada, o que contribuiu para o avanço da agricultura.

Depois de muita experimentação, os humanos pré-históricos aprenderam sobre a moagem e a mistura dos grãos para a produção de outros alimentos comuns à civilização, como o pão.

(Imagem: Freepik/Reprodução)

Um outro estudo liderado pela Universidade de Stanford encontrou vestígios de uma bebida rica em amido em um mosteiro com 13 mil anos na caverna Raqefet, em Israel.

Para os especialistas que participaram da análise, essa é “a primeira evidência arqueológica da produção de cerveja à base de cereais por um povo semi-sedentário que procurava alimentos”. Os resultados dessa pesquisa foram publicados na revista científica Journal of Archaeological Science.