Bolsa Família: número de beneficiários supera empregados em 13 Estados do Brasil
A maioria dos estados apontados estão localizados nas regiões Norte e Nordeste, que também são as mais atingidas por programas do Governo.
Em 2022, o Bolsa Família tinha mais beneficiários do que o número de trabalhadores formais em 12 dos 27 estados brasileiros, com Norte e Nordeste apresentando a maior disparidade. Em 2023, esse número aumentou para 13 unidades federativas.
No corrente ano, o Rio Grande do Norte se juntou ao grupo de estados onde o assistencialismo supera o emprego e a renda. Confira a lista completa:
- Acre
- Amazonas
- Pará
- Amapá
- Maranhão
- Piauí
- Ceará
- Rio Grande do Norte
- Pernambuco
- Bahia
- Sergipe
- Alagoas
- Paraíba
Nos estados do Maranhão e do Piauí, a proporção de beneficiários do Bolsa Família é de 2 para 1 em relação a trabalhadores formais.
Para efeito de comparação, em Santa Catarina, estado localizado na Região Sul do país, a discrepância é menor. Lá existem 234 mil beneficiários do programa, mas 2,3 milhões de trabalhadores formais.
As causas da disparidade
Antes da pandemia, o número de estados com mais beneficiários do que trabalhadores formais era de 8. No entanto, a partir de 2020, no início da crise sanitária, esse número começou a subir gradativamente até atingir os patamares atuais.
Durante o governo de Jair Messias Bolsonaro, houve um aumento significativo no número de beneficiários, chegando a um superávit de 49% quando comparado com o governo anterior.
Em novembro de 2022, a proporção de beneficiários em relação aos trabalhadores formais com carteira assinada atingiu a marca de 50%, sendo que atualmente esse índice está em 51,1% em todo o país.
Em outras palavras, a cada dois trabalhadores formais com carteira assinada, há um beneficiário do Bolsa Família, se considerado o cenário nacional.
De acordo com declarações emitidas pelo atual governo, uma revisão minuciosa será realizada entre os beneficiários, a fim de identificar aqueles que não deveriam estar recebendo o benefício.
Dentre as regras contidas na medida provisória que instituiu o “novo Bolsa Família”, estão dispositivos que cancelam o benefício para famílias que comprovadamente melhoram a sua renda formal.
Por outro lado, o texto confirma que trabalhadores que já foram beneficiários e eventualmente percam os empregos adquiridos, poderão voltar a receber o Bolsa Família assim que a demissão for confirmada.
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