Brasil tem 2º caso confirmado de coronavírus; Veja quais cuidados tomar!

Segundo caso com teste positivo para o novo coronavírus é confirmado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ambos foram importados da Itália.

Propagado em dezembro, o surto do novo coronavírus já atingiu 87.137 pessoas no mundo, alcançando o número de mais de 3.000 mortes. Entre os casos, 79.968 são da China com o total de 2.912 óbitos.

Com o registro de coronavírus em 53 países e a expansão de casos na Itália e na Coreia do Sul tem aumentado o alerta global sobre a doença.

O Ministério da Saúde confirmou no Brasil, no final de fevereiro, dois casos de novo coronavírus e ambos no Estado de São Paulo. Porém, ainda assim, o ministério salienta que “não há evidências de circulação do vírus em território nacional”.

Saiba mais sobre os casos confirmados de coronavírus no Brasil e quais cuidados tomar!

Primeiro caso de coronavírus no Brasil

No dia 25 de fevereiro foi confirmado no Brasil o primeiro caso com teste positivo para o novo coronavírus.

O caso é de um homem de 61 anos, morador de São Paulo, que viajou a trabalho para a Itália, na região da Lombardia, entre os dias 9 a 21 de fevereiro.

A infecção foi confirmada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, na unidade Morumbi (Zona Sul), em 24 de fevereiro, por meio do teste PCR em tempo real.

Após os resultados preliminares da unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital encaminhou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para a execução de uma contraprova.

“A equipe assistencial do pronto atendimento seguiu com rigor todos os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde (OMS) e Centers for Disease Control and Prevention (CDC-EUA), para oferecer o atendimento apropriado e garantir a segurança do paciente e de todos os profissionais envolvidos”, destacou em nota o hospital.

Apesar do paciente aparentemente estar bem e apresentar apenas sinais moderados da doença, de acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, ele está “em isolamento respiratório, que será mantido durante os próximos 14 dias”.

“A equipe médica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato próximo com ele”, complementa a nota.

Segundo caso de coronavírus no Brasil

Pouco menos de uma semana, no dia 29 de fevereiro, o Ministério da Saúde confirmou o segundo caso de coronavírus no Brasil.

O homem, de 32 anos, também retornou de uma viagem da Itália, é de São Paulo e foi diagnosticado no Hospital Albert Einstein. Mesmo com a situação similar, o Ministério da Saúde relata que os casos não possuem vínculo entre si.

Oriundo de um voo de Milão, na região da Lombardia (norte do país), o paciente usou a máscara durante toda a viagem, desde quando os sintomas começaram.

Chegando em São Paulo, em 27 de fevereiro, foi em busca de atendimento, onde relatou os seus sintomas: febre, tosse, dor de garganta, dor muscular e dor de cabeça. Logo, foi orientado ao isolamento domiciliar, já que o quadro clínico não é grave e está estável.

Todas as medidas de prevenção foram adotadas pelo hospital. O homem e a esposa, único contato domiciliar e que segue sem sintomas, estão em isolamento e vão ficar sob monitoramento diário.

Igualmente ao caso anterior, as secretarias estadual e municipal, juntamente com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), irão investigar os contatos próximos no percurso do voo e outros locais que possam ter circulado.

Segundo orientação dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o teste realizado pelo Hospital Israelita Albert Einstein, com o exame específico para SARS-CoV2 (RT-PCR, pelo protocolo Charité), foi considerado como final para o Ministério da Saúde.

Desse modo não é necessária uma contraprova. O resultado final do teste será enviado ao Instituto Adolfo Lutz, para monitoramento genético do vírus.

Medidas adotadas

Ainda que haja a confirmação do resultado positivo, representantes do governo reforçam que não será alterada as estratégias já criadas para contenção do avanço da doença, tendo em vista que o Brasil já se anteviu da decretação do estado de emergência em saúde pública. Na ocasião, pode até realizar contratos sem licitação.

Com relação as pessoas que estiveram em contato com o paciente, seja na residência, no hospital e no voo, as secretarias de Saúde do Estado e da Prefeitura, com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da companhia aérea, fazem a identificação.

Outros casos suspeitos

Segundo informações do Ministério da Saúde, além dos 2 casos confirmados, há 252 casos suspeitos de coronavírus no Brasil, divididos por 15 estados e o Distrito Federal. A informação foi atualizada na Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS), pelo Ministério da Saúde.

Entre as suspeitas, 136 são do estado de São Paulo. Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior quantidade de suspeitas (27) e depois o Rio de Janeiro (19).

Na lista dos países monitorados pelo Ministério da Saúde estão: Alemanha, Austrália, Camboja, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Emirados Árabe Unidos, Filipinas, França, Irã, Itália, Japão, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietnã.

Métodos preventivos

Há alguns métodos preventivos para evitar a contaminação com o novo coronavírus, veja algumas formas de se prevenir:

  • Higienizar as mãos frequentemente;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas;
  • Não tocar os olhos, nariz e boca com as mãos;
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
  • Limpar as superfícies com desinfetante à base de cloro ou álcool;
  • Não ingerir medicamentos antivirais ou antibióticos sem prescrição médica;
  • Usar máscaras apenas se suspeitar estar com a doença ou se for prestar assistência a algum doente.

Governo agiliza aquisição de máscaras, luvas e imunoglobulina

O governo está em processo final de aquisição de equipamentos, como máscaras e luvas. No entanto, a contratação de mil leitos em hospitais, comunicada em janeiro, está em análise.

O país acelera para garantir a compra de imunoglobulina, utilizada em pacientes com imunidade baixa e visando reduzir os efeitos de infecções. O intuito é importar o produto emergencialmente da China e da Coreia do Sul, mas a finalização necessita do aval da Anvisa.

Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Alberto Beltrame, o Brasil está preparado para a eventual chegada do vírus. “Já estão identificados os hospitais e, se a doença evoluir, providências serão tomadas.”

Ministro da Saúde reúne com secretários

O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, participou de uma reunião na manhã do dia 26 de fevereiro, com secretários estaduais de saúde. O objetivo do encontro foi discutir sobre o primeiro caso confirmado de contaminação pelo novo coronavírus no Brasil.

O secretário da Saúde de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, também esteve presente na reunião no ministério.

Após ela, em coletiva de imprensa, foram divulgados as atualizações sobre a doença e como os procedimentos estão sendo adotados.

Campanha de vacinação antecipada

Em uma nova coletiva de imprensa, realizada no dia 27 de fevereiro, em São Paulo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, juntamente com o governador do Estado de São Paulo, João Doria, e representantes da Saúde do Estado anunciaram a antecipação da vacinação contra a influenza vírus.

As 75 milhões de doses que iam ser aplicadas apenas na segunda quinzena de abril estão previstas para iniciar no dia 23 de março.

O intuito é  reduzir a quantidade de pessoas com gripes durante o inverno, além de contribuir com os profissionais de saúde a descartarem a influenza no processo de triagem de casos para o novo coronavírus.

Os grupos prioritários na vacinação devem seguir a seguinte ordem: gestantes, crianças (0 a 6 anos), mulheres com até 45 dias pós-parto e idosos. Isso porque são mais vulneráveis a doença que pode levar até o óbito.

“As influenzas A e B são mais comuns que o coronavírus e a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe diminui a situação endêmica dos vírus respiratórios no país, por isso é tão importante que as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha procurem uma unidade de saúde”, destacou Luiz Henrique Mandetta.

*Com informações de Estadão e Ministério da Saúde.

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