Buraco negro adormecido é encontrado fora da Via Láctea

Foram identificados pelos cientistas pela primeira vez sinais de um buraco negro adormecido fora da Via Láctea.

Segundo um novo estudo observado pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO), um tipo indescritível de buraco negro foi detectado em uma galáxia próxima pela primeira vez. Assim, algo que era previsto apenas em teoria foi encontrado, sendo que esse fenômeno é difícil de detectar. Por isso, confira a seguir mais informações sobre o buraco negro adormecido fora da Via Láctea.

Leia mais: Buraco negro – O que são, aparência, formação e curiosidades

O que é um buraco negro?

Um buraco negro é uma região do espaço cujo campo gravitacional é tão forte que nem mesmo a luz pode escapar dele. Uma vez formada, a atração gravitacional da região do buraco negro é tão forte que toda a matéria atraída por ele é comprimida até ser destroçada.

No entanto, os buracos negros adormecidos, que se formam no final da vida de uma estrela massiva, são particularmente difíceis de detectar pois não interagem muito com o ambiente. Isso porque, ao contrário da maioria dos buracos negros, os adormecidos não emitem altos níveis de radiação de raios X.

VFTS 243: O primeiro buraco negro adormecido

Foram necessários seis anos de observações para que o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, descobrisse o fenômeno sem precedentes. O buraco negro, conhecido como VFTS 243, tem pelo menos 9 vezes a massa do Sol e orbita uma estrela azul quente com 25 vezes a massa do Sol, tornando-o parte de um sistema estelar binário.

“Dado o quão comum a maioria dos astrônomos pensam que são, é surpreendente o quão pouco sabemos sobre buracos negros adormecidos”, disse o coautor do estudo Pablo Marchant, astrônomo da Universidade de Leuven, na Bélgica, em um comunicado de imprensa.

O buraco está longe, mas segue crescendo

Segundo Hugues Sana, também autor do estudo, a órbita, que tem duração de 14 dias, ainda está em equilíbrio por enquanto. Dessa forma, a estrela viva está longe o suficiente para não ser engolida.

Segundo pesquisadores, esse equilíbrio não deve durar muito. Isso ocorrerá porque como uma estrela viva cresce, parte de sua superfície é engolida pelo buraco negro, que emite raios X para sair da dormência, assim, ela deixará o seu estado adormecido em algum momento.

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